Vivemos novos tempos, tempos ditos por
alguns como modernos. Isso tem lá sua verdade, mas será que estamos aptos a
viver esse momento? Será que o estamos vivendo de forma correta e tirando o
máximo do mesmo? Tentarei responder essas indagações nos parágrafos a seguir.
O mundo das comunicações e informações não
é mais o mesmo a partir do momento que houve a popularização da internet. A
grande mídia tradicional perdeu certo espaço desde que qualquer pessoa passou a
ser portadora e multiplicadora de alguma notícia, que em tempo real atingirá
milhões de pessoas no mundo todo de forma instantânea e gratuita, sem que para
isso precise ser um especialista em jornalismo. E assim multiplicam-se
diariamente o número de portais de notícias, blogs, etc.
Como se já não bastasse isso, na última
década um novo incremento trouxe ainda mais velocidade as informações que foram
as redes sociais, tais como Facebook, e Twitter, bem como os aplicativos de
mensagem, como exemplo o Whatsapp.
O lado negativo disso tudo é que a
mentalidade das pessoas não evoluiu e assim como surgiam e eram espalhados
rapidamente os boatos, hoje isso se dá com as tais Fake News, o que é algo
extremamente sério e difícil de controlar, por isso mais do que nunca se faz
necessários as pessoas lerem com atenção antes de compartilhar algo, e
utilizarem-se do filtro do bom senso de checar a veracidade das informações, o
que não é difícil de fazer, afinal de contas já existem diversos portais especializados
em fazer verificações de conteúdos dando o selo de verídicos ou não.
Ocorre, que se nos EUA, um país altamente
desenvolvido as tais Fake News fizeram uma grande diferença nas eleições
passadas, imagina nas desse ano no Brasil, um país que infelizmente tem grande
parcela da população na categoria de analfabetos funcionais? Ainda como se não
bastasse a inocência de grande parcela dos brasileiros, o pior é que nessas
eleições existirá muitas pessoas fazendo profissionalmente esse papel de espalhar
notícias falsas a respeito de candidatos, e dinheiro para pagar essas pessoas
não faltará com esse gordo (e ultrapassado) fundo partidário, enquanto o país
padece de investimentos. Assim, infelizmente acredito que passaremos por mais
uma suja e de baixo escalão disputa eleitoral com candidatos muitas vezes bem
treinados para ludibriar a população, especialmente no mundo virtual, afinal de
contas o que não falta se você procurar, cursos para políticos de como fazer
campanha política bem “sucedida”.
Fora isso, percebeu-se esse poder do lado
negativo também no episódio recente da greve/paralisação dos caminhoneiros,
onde os grandes portais de notícias pecaram e perderam credibilidade ao serem
parciais e mostrarem apenas um lado da moeda, e assim mais pessoas passaram a
recorrer a mídia informal, dando-lhe mais prestígio.
Ainda nesse episódio acima citado, ficou
evidenciado fortemente o desejo de brasileiros pela Intervenção Militar,
exemplificando bem um retrocesso diante dos “tempos modernos” modernos de hoje.
Não que a Intervenção Militar seja em si algo negativo (pelo menos não é no meu
ponto de vista), mas sim esse desejo demonstra que o hoje não está muito bom.
Acredito que a Democracia, é sim o melhor dos regimes políticos, porém ocorre
que a nossa está enfraquecida com todos esses escândalos de corrupção que
atinge todos os partidos políticos, e o povo parece querer mais ordem, ou seja,
mais pulso firme para lidar com essa geração sem limites.
Ademais, no meio disso tudo tem-se o já
citado processo eleitoral desse ano, onde não faltam postulantes ao cargo de
Presidente da República, com os mais diversos discursos, porém até o momento
sem planos de governo claros. Está em jogo mais do que nunca um futuro
desenvolvimento do país, todavia não esperem por salvador da pátria, pois não
existe. No máximo o que pode existir é algum candidato pés no chão, que vale a
verdade doa a quem doer, e que daí merecerá o nosso voto de confiança, porque a
mentira não pode prevalecer. O candidato vencedor não poderá ser do tipo
populista, pois as reformas desagradáveis ao povo são estritamente necessárias,
pois do contrário vai faltar sim dinheiro em caixa, e aí as coisas ficarão
piores do que já estão.
Mediante o acima exposto, por mais que o
Brasil precise passar por uma espécie de revolução e tornar-se desenvolvido,
será que estamos devidamente preparados? Eu afirmo que a maioria da população
não, e só o estaremos a partir do momento que iniciar-se o ciclo na base,
investindo em educação, sendo que posteriormente será possível colher bons
frutos, porém não é algo para acontecer rapidamente em uma ou duas décadas,
infelizmente.
Concluo, ainda em tempo, dizendo
que se você leitor quiser ficar bem informado quase que em tempo real, siga-me
também no Twitter (@JEANCARLOSPETRI),
pois diariamente compartilho notícias e informações das mais variadas de
grandes portais nacionais e internacionais.