Se tem algo que apesar de simples em seu
conceito, é difícil de falar hoje em dia e de interpretar é sobre o amor.
O amor é um dilema, e aqui não falo apenas
em relação ao amor carnal entre homem e mulher, mas em todos os aspectos em que
o amor está inserido quanto a relações humanas; o amor aos pais, amor aos
próximos, amor próprio, etc.
O amor naquele sentido clássico caiu por
terra, hoje são novos tipos de relações, e estas servem muitas vezes apenas
para mascarar algo, ou seja, outras intenções, como exemplo, o interesse
financeiro, entre outros. Os casamentos estão durando cada vez menos, isso
quando as pessoas se casam. A traição cresce em níveis absurdos, os
relacionamentos tornam-se cada vez menos “normais” e mais abertos, rápidos, e o
só “ficar” é o que marca essa nova geração.
As relações são mais vazias e o amor de
verdade hoje em dia é raro. Na verdade as pessoas até perderam a noção do que
realmente é amor, pois apesar de ser um sentimento único pra cada um (por isso
é tão difícil se abrir e falar sobre isso), percebe-se que ele se tornou um
sentimento qualquer para muitos, sendo em muitos casos assim chamado quando se
trata de outros sentimentos onde se confunde, como carinho, atenção, paixão,
etc.
Perdeu-se aquele encantamento que existia
antigamente, o romancismo já é tido como algo totalmente careta e pouquíssimos o
valorizam. A maioria das pessoas andam frustradas com diversos aspectos, mas
dentre deles com o amor também, isso porque umas querem evitar decepções e
deixam de amar, enquanto outras querem muito amar, porém querem algo recíproco,
e não são “percebidas”, pois não se destacam por não terem as características
“comuns” que a maioria busca (aquelas outras intenções já mencionadas).
O amor deveria impulsionar o mundo e as relações, porém foi substituído
por coisas materiais. As relações agora são fulgazes e rápidas, e a ideia de
ficar muito tempo com alguém se algo tornou sufocante, afinal estamos falando
de um mundo livre. As pessoas se fazem o seguinte questionamento: já tenho tanta coisa pra me preocupar e pouco
tempo, porque vou “gastá-lo” com alguém? Por que ter um(a), se posso ter
vários(as)?
Hoje as pessoas tem pressa, assim as análises do outro são prévias, sem
profundidade e baseadas apenas no estereótipo do parecer e não do ser. Os
defeitos não são aceitos, e assim na primeira briguinha as juras de amor se
acabam.
Assim, como conciliar isso tudo? Antigamente o amor não era mais bonito,
mesmo que muitas vezes “forçado”? Os dias de hoje são confusos e de medo. O
amor foi banalizado, e o “Eu te amo” é dito da boca pra fora sem sentimento
algum. Agora o amor precisa ser provado. Quem diria hein, essa é a tal
evolução? A sociedade do conhecimento?
Convenhamos, o tema é muito
vasto, vou parar por aqui, até porque todo mundo “sabe” falar de amor e faz
suas próprias análises, porém a verdade, é que precisamos de amor, nem que seja
o próprio que também esta em falta.
Enfim, eu sinceramente gostaria que isso fosse motivo de mais reflexão
por parte das pessoas, com o intuito de que o amor seja realmente algo profundo
e mais belo, como ele é de verdade na sua essência, e é por isso que ainda
acredito nele.