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O Cenário de 2022

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Aqui Se Faz Tudo Errado

    O Brasil não dá certo porque tem gente por trás que não quer que ele dê certo, pois certamente sabendo utilizar corretamente todos os seus recursos tornar-se-ia autossuficiente em quase tudo e os demais países é que ficariam na mão e consequentemente seríamos um povo rico e desenvolvido. Todavia aqui se faz tudo errado, e merecidamente nos tornamos motivo de piada e chacota internacional, e entra governo e sai governo e a coisa continua do mesmo jeito.

    Esse é o cenário construído por alguns diferentes tipos de agentes, sejam os das pessoas que só pensam em seus próprios interesses, e a falta de uma unidade federativa mínima entre os cidadãos brasileiros. Somos um país enorme, com diferentes culturas, costumes e particularidades, onde governar para todos torna-se dessa forma praticamente impossível.

    Ao invés de pegarmos o bonde e seguir adiante, andamos de ré, quando parece que as coisas vão dar certo, começamos a patinar novamente e andar de ré na contramão do mundo. Por mais que se criticou e diariamente a mídia e militância de esquerda cria factoides sobre coisas irrisórias, mas que causam alvoroço, contra o governo atual, a campanha de vacinação contra a COVID é um sucesso no país, comparado inclusive a países desenvolvidos, e com isso na teoria era para o país estar na liderança de crescimento, mas o cenário muito mais interno que externo, põe tudo ladeira a baixo.

    Primeiro que não deixam o presidente trabalhar, é preciso ter consciência que o mesmo não faz tudo sozinho, ele pode propor tudo que prometeu, mas se a câmara, senado ou STF não quiserem, nada é colocado em prática, sendo que o STF a tempos é usado politicamente pela esquerda como manobra para interferir nos demais poderes, e assim foge de sus competência constitucional.

  Exemplo de malefício que trazem ao governo, mas principalmente ao país e consequentemente nós população brasileira, foi a CPI da COVID, onde quiseram arrasar, mas trouxeram a tona nada de relevante, afinal de contas não se efetivou a compra de vacinas superfaturadas, e tanto que a mesma se encerrou quietinha e nem se ouve mais falar na consequência da mesma. Em resumo, foi verdadeiramente um circo armado para colocar mais brasileiros contra o país.

    Além disso, os governos não se ajudam, pois ao invés de investirem em dar o peixe, deveriam investir em infraestrutura, que só isso pode fazer o país ter uma base forte e posteriormente poder crescer e assim todos saírem ganhando. Mas a verdade é que o país “quebra” se crescer 5% ao ano, pois as estradas não suportarão, e inclusive faltaria energia elétrica, áreas básicas que precisariam de investimentos para um futuro crescimento sustentável para o país sair do subdesenvolvimento.

    Os empresários que geram a riqueza são esgoelados, os empregados idem, enquanto isso uma pequena parcela de privilegiados vivem na mamata do governo recebendo super salários e inúmeros e caríssimos benefícios. Por outro lado, a BR-470 (que já era na teoria para estar duplicada) até poucos dias atrás estava mais parecendo a superfície da lua, e vem perdendo verbas que precisam ser remanejadas para cobrir o rombo fiscal do país que é reflexo de medidas tomadas lá atrás por outros governos. É preciso lembrar que os reflexos de ações tomadas hoje serão vistos apenas no futuro, ou seja, nosso atraso seguirá por anos ainda.

    Para terminar vamos abordar sobre democracia. Nunca se falou tanto nesse termo como atualmente, afirmando-se que a mesma está ameaçada por esse governo, mas muito pelo contrário, a mesma está ameaçada por todos, principalmente pela oposição. Não se pode mais falar o que se pensa, tudo vira processo, transforma-se em preconceito. A maioria não pode mais se expressar e uma inversão total de valores se cria.

    Bem vindos(as) ao Brasil, ou melhor ao país do contra.

terça-feira, 30 de novembro de 2021

A Transformação (Digital) Pós COVID

   

    Diariamente percebe-se que aos poucos a vida vai voltando ao normal após o COVID. Mas que normal é esse? Que mudanças a pandemia provocou, e quais delas imaginadas parecem que ainda não veremos tão cedo? Mas será mesmo que estamos perto do fim da pandemia? Essas são algumas das perguntas que com essa postagem pretendo fazê-los refletir e trazer o ponto de vista deste que aqui escreve.

    Inicia-se com a ordem inversa dos questionamentos acima lançados. Ao mesmo tempo em que vemos a pandemia ficar no passado aqui no Brasil, controversamente medidas como a necessidade de dose de reforço da vacina, continuidade do uso obrigatório de máscara, recordes diários de novos casos seguidos diariamente na Alemanha e de mortes na Rússia nos acendem alertas no sentido contrário de que pode ser que se esteja longe do fim. Ainda mais s levarmos em conta que eventos de grande concentração de pessoas estão cada vez mais sendo flexibilizados, sem fiscalização alguma, e pensar que o carnaval vai acontecer em 2022, sendo que é quase que inquestionável o fato de que o de 2020 foi o grande propulsor do vírus dentro do país.

    Falando em Brasil aqui se destaca positivamente algumas atitudes governamentais a nível federal tomadas, por mais que tenham tido algumas completamente equivocadas e a grande mídia insiste em citar apenas tal lado. Mas, a campanha de vacinação é sucesso, com níveis altíssimos de percentual de pessoas vacinadas superando países desenvolvidos e em menor tempo de aplicação.

    Nesse contexto também tem as medidas de manutenção do emprego e de renda, etc. E aqui um dos mitos do capitalismo cai por terra, sou obrigado a concordar. Em uma linha tênue de limites, o qual se desconhece necessária qual o é, o governo precisa ser intervencionista e garantir renda mínima a pessoas, do contrário a miséria toma conta do povo, e leva junto para baixo o desempenho econômico do país, pois esse também depende do consumo das famílias, que para isso precisam ter renda, e no mar que as grandes empresas só querem ganhar, sozinhas ignoram isso. Agora claro que isso precisa ser planejado, não pode ser moeda de troca politiqueira, e causar estrondos fiscais descontrolados, bem como precisa ser provisório e ser concomitante a outros projetos a fim de inserção dos beneficiados a possibilidade de obtenção de renda própria, e para isso faz-se necessário investir muito em educação para que se aprenda que é preciso aprender a pescar e não só depender de ganhar o peixe, mudando a mentalidade, especialmente das novas gerações.

    Ainda das mudanças geradas pela pandemia, percebe-se a aceleração do mundo digital, o que traz ganhos, porém deixou a margem muitas pessoas que não estavam devidamente preparadas, com o movimento que aconteceu num estalar de dedos, e precisam ser inseridas nesse mundo. Do mesmo modo faz-se necessário melhorar os mecanismos antifraude, com o aperfeiçoamento do efetivo policial para atuar em crimes cibernéticos, principalmente na prevenção.

    A transformação digital passou a ser parte do dia-dia de todos, principalmente nas organizações, sendo foco diário de reuniões, sendo que ela necessariamente passa por um processo de transformação cultural, que, porém estão descompassados. Inclusive termos como metaverso, antes pouco ouvidos falar, hoje se apresenta a todo o momento, e logo será parte da vida da maioria. A realidade virtual, por exemplo, já é realidade e conviveremos com ela logo diretamente. E a fuga do mundo real, seja pelos mais variados motivos, por pelo menos alguns instantes, será grande, e na verdade já se o faz hoje com as Redes Sociais. Isso tanto é verdade que o próprio Facebook prevendo isso, e querendo ser pioneiro na questão do metaverso, recentemente mudou de nome (não a Rede Social, mas a empresa por trás dela que tinha o mesmo nome) passando a se chamar Meta. Será nas mãos de empresas como está que estaremos logo.

    Também se trás algo que poucos perceberam ou se deram conta, que é o de que ficar em casa, ou não fazer nada não é a solução, a maior parte dos problemas econômicos como inflação e falta de produtos advém de tais medidas adotadas por estados. Felizmente, alguns têm consciência disso, e buscam os porquês de tudo e conseguem enxergar isso, porém ainda são pouquíssimos.

    Nota-se também que em períodos como esse a desigualdade aumenta, com o rico ficando mais rico e o pobre ainda mais pobre, assim cada vez mais ajudar o outro precisaremos. Campanhas com o mais variado leque de motivos e tipos de ajuda nascem a todo o instante. Isso vem de encontro ao movimento que se esperava que acontecesse no futuro, e que no começo da pandemia foi tão explanado, de as pessoas se tornarem mais humanas, valorizarem mais umas as outros, o aqui e o agora, porém na prática, com as coisas voltando ao normal, percebe-se um movimento mais intenso do contrário, pessoas em busca única e exclusivamente dos seus próprios interesses, triste isso. Assim, tal momento ainda não chegou, e é uma frustação em relação a esperança imaginada.

    Isso tudo posto, conclui-se esse reflexivo post. E você o que pensa a respeito? Até a próxima postagem!

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Reflexões Sobre o Caso Lázaro

   Em Junho os brasileiros acompanharam pela mídia uma grande perseguição a um criminoso no Brasil, que mais pareceu uma caçada digna de filme de Hollywood. E sobre esse fato é que se discorre aqui nessa postagem, onde se apresentam percepções que tal episódio apontaram.

    A primeira consideração, é que por mais que no fim o criminoso tenha sido pego, e morto pela polícia, o fato é que os mais de 200 policiais envolvidos na operação e mais de 20 dias para a conclusão da mesma evidenciam a falta de preparo da polícia brasileira, o que já se demonstrou em inúmeros outros episódios. Falta treinamento e investimentos na área, sendo que isso é assunto corriqueiro em época de eleições, e depois cai no limbo novamente.

    Esse investimento citado precisa ser principalmente em prevenção e inteligência, bem como em monitoramento eletrônico, espalhando-se câmeras de segurança por todas as cidades, equipamento que se mostrou crucial no episódio acima descrito para dar fim ao cerco policial. Precisa ainda haver forte controle sobre o armamento em mãos de criminosos, ao mesmo tempo em que a mesma não pode ficar somente nas mãos destes. Sendo, por exemplo, liberado mais fácil o acesso a armas ao cidadão comum com regras rígidas de controle e registro. Fica muito mais fácil desse cidadão se por ventura ter a sua arma roubada fazer o devido registro de tal fato e comunicação a polícia, haja vista que se ele o tem de forma ilícita, um eventual furto do mesmo não será comunicado, e consequentemente a polícia não vai saber o número de armas que tem no país, especialmente na mão de bandidos. Além disso, como no citado caso ocorreu, ficou nítido que aqueles fazendeiros que tinham arma em sua propriedade e eram de bem, por lá o bandido Lázaro (que nem merecia ter seu nome citado) “não se criou”, vindo inclusive a ser almejado.

    A mídia também mais uma vez mostrou seu lado ruim, dando evidência demais a caçada a todos os momentos em seus jornais, mostrando como ela estraga com o dia-dia das pessoas, trazendo o crime para dentro da casa dos cidadãos bem nas horas que estes estão normalmente mais reunidos em família (nas horas do café da manhã, almoço e janta).

    Mas o pior de tudo foi ver que ao fim do cerco, com o bandido vindo a ser morto, muitos cidadãos, principalmente os defensores demais dos tais direitos humanos, notadamente em sua maioria de esquerda, bem como políticos de tal espectro, condenarem a ação da polícia, por ter matado o criminoso. Pois bem, as motivações para o crime, com a morte do assassino poderão ficar em aberto sim, porém não dá para a polícia ao ser recebida por tiros ficar jogando rosas ao invés de reagir da mesma forma. A periculosidade do bandido, pelos crimes cometidos pelo mesmo ficou mais que exposta como de alta monta. Alegar excesso da polícia, veja bem, nesse caso, é negar a violência do assassino quando do cometimento de seus perversos crimes. Será que ele deu uma segunda chance as suas vítimas? Excesso foi o que ele cometeu contra suas vítimas, excesso de desumanidade. Fala-se tanto em proteger a mulher, pois infelizmente diariamente se vê casos de agressões contra as mesmas, e contraditoriamente, de certa forma, defendem um criminoso que estuprou, torturou e matou mulher?

  Também merece destaque e é de se condenar a ganância do homem, que as investigações que estão sendo realizadas sobre o caso estão apontando, onde o assassino obteve ajuda de pelo menos um fazendeiro que queria lucrar com o episódio que causaria desvalorização das terras da localidade para que o mesmo pudesse as comprar em menor valor. É no mínimo condenável usar outra pessoa.

    Para terminar, espero que esse seja um caso isolado, e que também haja iniciativas na área da educação e saúde para acompanhar e trabalhar com o psicológico das pessoas para que se haja prevenção em relação a maníacos que possam cometer tais tipos de delitos totalmente incompreensíveis e que demostram o quão baixo o ser humano pode ser.

terça-feira, 13 de julho de 2021

Explicando a Lei da Oferta e da Demanda e a Inflação

    A inflação sempre assolou e novamente causa alerta ao Brasil a curto e médio prazo. Mas você sabe o que causa a inflação? Sabe o que é a Lei da Oferta e da Demanda? Bem, é isso que essa postagem buscará esclarecer.

    Primeiramente aponta-se um adendo muito importante aqui. Na visão desse que vos escreve, novamente aponta-se, que isso deveria ser matéria básica da grade curricular de todo aluno de pelo menos o Ensino Médio. Um assunto tão importante e que fará parte todo dia da vida do futuro adulto precisa ser tratado com a devida atenção que merece, pois é inadmissível majoritariamente a população adulta não compreender essa questão e vociferar asneiras nas Redes Sociais a cerca disso. Ponto também a salientar que não só esse tema, mas tantos outros que efetivamente se farão presente no dia-dia do futuro adulto precisariam ser tratados na fase escolar.

    Voltando ao tratado no preâmbulo a Lei da Oferta e da Demanda é uma lei dita econômica, que porém afeta a todos, e independentemente de se entender de economia ou não, é fácil a todos de ser explicada e compreendida. Dentre outros aspectos que aqui não precisam ser trazidos a tona, a referia lei diz que em um mercado de concorrência perfeita especificamente se tratando de preços, os mesmos são determinados por “n” fatores que mexem na relação da oferta de um produto e na demanda de consumo por ele. Esses fatores podem ser, por exemplo, o desejo e necessidades da demanda, poder de compra, disponibilidade do bem, existência de produtos similares, etc. Nesse sentido, oferta e demanda em relação ao preço são inversamente proporcionais, em outras palavras:

·         Oferta baixa e demanda alta: Preço alto

·         Oferta baixa e demanda baixa: Preço normal

·         Oferta alta e demanda baixa: Preço baixo

·         Oferta alta e demanda alta: Preço normal

* Lembrando que o “preço normal” não necessariamente quer dizer o preço justo, haja vista é normal em um mercado capitalista a busca pela maximização do lucro, porém significa dizer que é o preço em que o mercado (demanda) aceita pagar, tendendo assim ao equilíbrio.

     Consequentemente fica fácil de entender que se, por exemplo, há falta de um produto no mercado (oferta baixa), com alta demanda, haverá um aumento dos preços que resultará em um efeito cascata na inflação. Assim o agente que desiquilibra, nesse exemplo, na teoria, é a demanda, pois ela aceita pagar tal preço, do contrário ele se elevaria do mesmo modo, porém por vezes menos abruptamente e tão alto. Mas é importante ressaltar que a oferta pode ser impactada por diversos fatores, por vezes totalmente externos. Vamos a alguns exemplos do que se percebe acontecendo atualmente:

·    Aumento do preço da carne bovina: na proporção entre oferta nacional e internacional a primeira diminuiu, pois passou-se a vender mais para o mercado externo, e como esse paga em dólar, este estando em alta, óbvio que quem vende por querer obter mais lucro vai preferir vender para o mercado externo. Além disso, diminuiu o número de bovinos criados, tendo em vista que por ter percebido que soja estava rendendo bem, muitas pastagens foram transformada em plantações de soja.

·      Aumento no preço da soja e milho: demanda internacional aumentou muito e como estava pagando bem aumentou-se a produção (oferta).

·      Aumento do preço dos materiais de construção: muitas empresas de materiais elétricos e hidráulicos, por exemplo, nos grandes centros nacionais foram altamente impactados com o fechamento de plantas fabris. Além disso a demanda aumentou, pois com o auxílio emergencial, mais pessoas tiveram acesso a renda e alguns utilizaram a mesma para realizar pequenas obras, e ainda como muitas pessoas passaram mais tempo em casa, deram mais atenção para esse espaço, adequando-o para esse período e percebendo mais os “problemas”.

·   Aumento do preço da energia elétrica: devido a questões climáticas, e porque não ambientais, reservatórios estão mais vazios, assim a oferta diminuiu enquanto a demanda ficou igual ou aumentou agora com um início de pós pandemia com as empresa retomando a pleno vapor, assim também fez-se necessário acionar outras forma de produção de energia que são mais caras (exemplo as usinas termoelétrica).

    Assim é burrice total querer comparar períodos diferentes, bem como colocar toda a culpa em governo atual. Isso não quer dizer que ele não tenha parcela nisso, porém na maioria das vezes, a sua parcela de culpa está no que deixou de fazer no passado que resulta no presente. Citando alguns dos mesmos exemplos acima expostos, apresenta-se o que poderia ter sido feito pelo governo anos atrás para amenizar tal oferta baixa:

·     Aumento do preço da carne bovina: ao perceber o aumento da demanda internacional e mudança para o plantio de soja, haja vista que tradicionalmente as pessoas pensam a curto prazo em ter maior retorno e se tornam “Maria vai com as outras”, o governo poderia ter fornecido incentivos para os produtos não migrarem, ou para trazer novos, como por exemplo, criando ou facilitando o acesso a novas linhas de crédito.

·  Aumento no preço da soja e milho: poderia ter sido investido em celeiros para armazenamento de tais produtos, e em melhoria das rodovias para evitar o desperdício no transporte.

·    Aumento do preço da energia elétrica: sendo que era previsível a baixa dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, poder-se-ia anteriormente ter feito campanhas para redução do consumo de energia elétrica e uso da água, bem como e ter investido mais em outras fontes renováveis de produção de energia, como a eólica e solar, haja vista o país ter alto potencial para isso. Também a questão ambiental pode ser citada, pois tais mananciais por serem cruciais deveriam ter sido preservados.

     Nesse sentido, o governo erra hoje em não fazer algumas das ações acima elencadas que terão ainda mais consequências no futuro, como um “efeito borboleta”. Mas também sim, tem aumentos de preços naturais e alguns não devidamente justificáveis por vezes e que geram um pouco de inflação, mas não quer dizer que necessariamente a inflação é ruim, mas o problema é que alta ela prejudica o pais e o poder de compra dos brasileiros, e que mesmo quando baixa o aumento de renda das pessoas nunca foi suficiente para cobrí-la.

   Obviamente que não vivemos uma concorrência perfeita, e que existem interesses obscuros por parte de agentes políticos, empresas e pessoas, etc, mas compreendendo a lei da oferta e da demanda e assim sabendo como é possível trabalhar com ela, inclusive para nosso benefício, passamos a ter o poder em nossas mãos novamente, mas para isso faz-se necessário deixarmos de ser leigos e nos transformarmos em agentes transformadores.

terça-feira, 1 de junho de 2021

A Necessidade de Desburocratização e de se Pensar Sobre o Livre Mercado

    Como é sabido o Brasil possui inúmeras potencialidades subaproveitadas, todavia o que se destaca são as fragilidades, e uma destas e muito grande que gera perdas e um enorme custo é a alta burocracia existente, principalmente quando se trata de órgãos públicos. Está gera um Custo Brasil muito alto, tanto para empresas, quanto para pessoas físicas, além de que infla a máquina pública com muito funcionalismo, por vezes ineficiente. Como se isso já não fosse ruim o suficiente para o país, o livre mercado aqui praticado não é tão livre assim, e aqui tem-se uma dicotomia bem importante, que faz-se necessário analisar a fundo. Assim, essas duas pautas acima citadas é que hoje aqui serão tratadas.

    Em relação a desburocratização algumas medidas vem aos poucos sendo tomadas, porém ainda timidamente e a passos de tartaruga. Exemplo é a reforma trabalhista, e a revisão das NR’s (Normas Regulamentadoras) relacionadas a saúde e segurança do trabalhador, porém é pouco ainda. Aqui pode-se citar ainda a digitalização de processos junto a diversos órgãos como algumas prefeituras, Corpo de Bombeiros, etc, o que já ajuda em muito, porém isso ainda é pouco disseminado e por vezes nada autoexplicativo. Nesse sentido, o Detran Digital no caso de Santa Catarina, é um belo exemplo, porém a medida tomada por um tribunal, alegando a obrigatoriedade de emissão física do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo), demonstra o quanto faz-se necessário caminhar ainda nessa questão, pois vem contra o que se espera para o presente e futuro, ainda mais depois da pandemia de COVID-19, que deixou mais que claro a tendência, necessidade e importância de processos menos morosos e mais rápidos estando disponíveis na palma da mão.

    Obviamente que para isso os sistemas disponibilizados precisam ser eficientes e acessíveis, e também não obrigatórios, pois é sabido que muitos cidadãos ainda não tem acesso ou conhecimento de informática básica, por exemplo. Mas está mais que claro, que a digitalização de processos vai trazer maior eficiência e agilidade, e principalmente redução de custos para ambas as partes, podendo os entes públicos reaplicar essas economias em melhores serviços prestados a sociedade.

    Além disso, é latente a necessidade de se revisar processos, legislações, e obrigações legais, a fim de tornar tudo mais enxuto, pois muitas ainda são arcaicas, e sem sentido, principalmente no ramo contábil. A desburocratização precisa ser pratica constante e ser tratada como lema e prioridade.

    Nesse sentido também surge a discussão sobre o livre mercado, onde no Brasil parece ser tratado como uma luta de classes, demonstrando o atraso dessa nação. Chega-se nesse assunto principalmente quando aborda-se a questão das empresas públicas, que geram um monopólio e burocrático. Está mais que na hora de privatizar, principalmente serviços, como o caso dos Correios, que mesmo que “isolado” em seu ramo, apresenta resultados pífios, muito porque seus processos internos são nada enxutos. Claro que quando privatizada está precisará seguir algumas regras para que não onere os cidadãos em prol de uma maximização exorbitante do lucro, porém essas regras precisam ser as mínimas possíveis e estarem previstas no edital de privatização, do contrário qualquer medida tomada pelo governo será interpretada como interferência e trará com consequência para o empresariado e investidores uma sensação de insegurança jurídica, o que resultará em não confiança para e investir no país.

    Isso fica bem evidente quando é falado sobre o preço dos combustíveis e a Petrobrás no Brasil, por um lado, na visão de livre mercado a empresa precisa maximizar o lucro, porém isso precisa ser feito buscando a redução de custos e não aumentando o preço de venda e consequentemente onerando a sociedade, pois esse é um item essencial, e isso precisa ficar claro. Já por outro lado, os preços são aumentados, pois os custos, devido a processos burocráticos, alto número de funcionários que não podem ser demitidos e que ganham altos salários bem acima dos praticados na iniciativa privada. Ou seja, sendo estatal a empresa deixa a desejar pela ineficiência, e sento privatizada tornar-se-á mais eficiente, porém precisa existir, nesse caso por ser item essencial, um regramento mínimo já estipulado previamente, para que não se busque lucros exorbitantes em cima da necessidade do consumo do produto.

    Essa é uma equação difícil de ser solucionada, principalmente porque a cultura do Brasil é do querer sempre mais, porém não custa tentar, afinal de contas porque o livre mercado dá certo em outros países e só aqui que há esse receio e tantas discussões?

    Solucionadas essas duas questões acredita-se que o Brasil dará um grande passo para tornar-se o país do futuro, porém para isso é preciso querer fazer, e a sociedade acordar para isso, pois as “panelinhas” e grupos de interesse do contra ou de suas próprias convicções são grandes e tem poder nesse país. Livre mercado de verdade é sinônimo de inovação, evolução, eficiência, o que resulta em ganhos para todos.

terça-feira, 4 de maio de 2021

E Ele (Lula) está Livre

     E aconteceu o que muitas pessoas de bem temiam e que já vinha se desenhando: as condenações do ex-presidente Lula foram canceladas pelo STF com o argumento de que outra vara de justiça deveria ser a responsável por analisar o caso. E é sobre isso que irei discorrer aqui nessa postagem.

    A verdade é que há tempo o STF deixou de cumprir o seu fiel dever de ser o guardião da constituição, vide as recentes decisões contrárias ao que consta escrito em nosso documento máximo, bem como interferência que vem realizando nos demais poderes. Porém isso não é difícil de entender, pois era sabido desde o começo que o atual governo enfrentaria todos e teria dificuldades para governar, haja vista, por exemplo, a maioria dos atuais ministros do STF terem sido ali colocados pelos governos do PT, sendo que muitos tinham muita proximidade direta com o partido e seus correligionários.

    Mas deixando de lado essa colocação, o que alguns vão dizer que é pura teoria da conspiração, as decisões anteriores, os fatos mais recentes relacionados a Operação Lava Jato como o vazamento criminoso e ilegal de conversas realizados entre procuradores e demais integrantes da mesma e que mesmo assim foi utilizada como prova, e a decisão errada de Moro de participar do governo Bolsonaro e sua saída turbulenta do mesmo, já davam indícios de que levariam ao descrédito da operação por parte de juízes, alguns que já eram críticos da mesma, e que tudo isso seria usado pelos advogados de Lula.

    Tudo isso também é reflexo de algo que já citei em postagens anteriores a respeito, de que a operação corria riscos e eu tinha receios que isso se concretizasse, pois por inúmeras vezes a mesma se utilizou de ferramentas e espetáculos midiáticos desnecessárias em suas ações, porém tudo de forma proposital, como já afirmado por integrantes da mesma, que queriam trazer o povo para a causa. Agora isso não significa dizer que não existem provas, ou que as mesmas são ilegais. São inúmeras as provas, onde espera-se mesmo que com desconfiança disso de que a condenação seja mantida, agora quando vai acontecer na nossa justiça de passos de tartaruga não se sabe.

  É importante ressaltar que Lula não foi inocentado, apenas deve ser julgado novamente por outra vara, o que também é incrível de se chegar a essa conclusão apenas agora, pois o processo do mesmo passou por vários juízes, instância e muitos recursos, causando enorme estranheza. Fazendo com que mais pessoas ainda confiem ainda menos na justiça brasileira, considerando ineficaz e parcial. Também é necessário destacar como essa decisão será considerada para os inúmeros outros casos e condenações realizadas.

    Porém o maior reflexo disso tudo é dar argumento ao mesmo de que foi perseguido e trazê-lo de volta ao jogo político, como candidato ou grande apoiador de outro para o pleito nacional de 2022. Tal eleição agora definitivamente já começou, e a figura deste trás grande indefinição de que rumo o país vai tomar, tendendo infelizmente para a esquerda novamente. Mais incrível ainda são os eleitores que ainda votam no mesmo, e os argumentos utilizados, pois é impossível comparar décadas diferentes com variáveis totalmente diferentes. Por exemplo, o valor da gasolina está alto sim, mas convertido em salário mínimo hoje dá para comprar mais litros da mesma do que em tais anos, porém mesmo desenhando é difícil se fazer entendido, por quem tem pensamento único e não quer procurar entender argumento contrário.

    Quem perde com isso é o Brasil e o brasileiro que caem em maior descrédito e ficam passíveis de uma nova estagnação econômica, ficando mais perto de se tornar uma nova Venezuela. A polarização se intensifica e coloca medo para o próximo processo eleitoral que pode se tornar hostil de ambas as partes.

   E para concluir o que escrever? Não sei. Talvez deixar registrado uma utopia de que as gerações futuras mudem efetivamente os rumos de nosso país, que façam leis e as cumpram, que sejam honestos, mas isso é bem surreal ainda, pois o caminho que se percebe é do contra, de um liberalismo enorme e insensato, mas vida que segue, cada um com sua consciência própria e de preferência não influenciada.

terça-feira, 6 de abril de 2021

Abordando um Pouco Sobre Futebol

     Hoje a postagem é mais leve e trata de um tema diferente do habitual que, porém se pode fazer analogia a outras questões que aqui são comentadas. Será tratado aqui sobre futebol, uma das paixões nacionais.

   O futebol, apesar de trazer algumas discussões entre torcedores rivais, é para ser motivo de alegria, porém até isso virou polêmica no momento conturbado de pandemia pelo qual o mundo todo passa, e o Brasil principalmente, quanto a manter a realização das partidas e campeonatos nesse momento de pico de casos e óbitos causados pela COVID.

    Analisando o contexto em que o futebol está inserido, e até o objetivo que cumpre, paralisar os campeonatos é controverso. Primeiro porque é uma das poucas alegrias que trás para os torcedores e os mantem de certa forma em casa para acompanhar e assistir aos jogos, trazendo alento enquanto os noticiários são inundados de notícias bem negativas a cerca da pandemia. Segundo porque como o mesmo está sendo realizado sem torcida nos estádios, e com um rigoroso sistema de testagem, hoje é uma das atividades mais seguras de se realizar, haja vista que semanalmente os jogadores estão sendo testados, e que mesmo aqueles que foram infectados, talvez até pelo histórico de boa saúde através da atividade física, tem poucos sintomas, além de que os números mostram pouquíssimas transmissões de um time para o outro ocorridas durante uma partida de futebol. Vale lembrar, que aqui estão abrangidos diversos times Brasil a fora, e dos mais variados portes e estruturas, sendo verdade que se não estivessem praticando futebol, muitos jogadores de times pequenos nem estariam sendo testados.

    Agora falando propriamente do futebol, este tem se tornado cada vez mais chato é verdade. Está perdendo o brilhantismo e muito mais por questões tratadas extra campo. Como exemplo a questão das regras do esporte, que todo o ano passam por alguma leve mudança, mas sempre para pior, deixando as questões muito interpretativas para os juízes e mais confusas, não ficando claras e simples. Aqui pode-se citar, a aplicação de cartões, faltas, a regra do impedimento e especialmente a da bola na mão, que é algo que facilmente um leigo ao esporte saberia explicar como deveria ser considerada, mas o próprio praticante do futebol tem dúvidas, pois deixa-se muita margem, e assim marcações são realizadas arbitrariamente diferentemente para lances semelhantes.

   Visando dirimir alguns desses problemas veio a implantação do VAR, o qual também está com um papel bem controverso, principalmente no Brasil, dito o país do futebol. Isso porque o mesmo atua ou deixa de atuar de diferentes formas em lances semelhantes, e pior, não pode agir em todo o tipo de lance, ou seja, assim pratica uma justiça parcial, o que já apontei em outra postagem desse blog de diferente assunto, que justiça parcial não é justiça. Exemplifico afirmando que a marcação de um lateral para a equipe errada, pode interferir completamente em um lance, pois do mesmo na sequência pode-se originar um gol, lance esse que não será revisto esse “por menor” que teve impacto direto no gol a ser marcado, pois se o lateral tivesse sido marcado para a equipe correta, o desenrolar do lance seria outro completamente diferente. Isso sem considerar outros aspectos que o mesmo é subjetivo ou interpretativo também, e a questão da falta de isonomia no tratamento até pela própria CBF para com os times, vídeo o calendário maluco praticado pela mesma que engole times que tem mais sucesso em diferentes competições.

    Como se não bastasse somente isso, o futebol em si tem se nivelado por baixo nos últimos anos, principalmente no Brasil, onde o espetáculo está a cada dia pior. Menos super talentos surgem, e o tático tomou conta com um pensamento de que a defesa é o melhor ataque, onde o ataque deveria ser considerado a melhor defesa. Os jogos ficariam mais feios, e jogadores atuam com menos vontade, pois são super avaliados precocemente, recebendo e valendo milhões antes mesmo de demonstrar verdadeiramente seu potencial, sem contar todo o entorno de empresários, e de cifras monetárias que passaram a sufocar o esporte. Prova disso é que a maioria dos técnicos brasileiros estão ultrapassados, o que ficou ainda mais evidente com os resultados demonstrados pelos técnicos estrangeiros que passaram por aqui principalmente nos dois últimos anos, mostrando uma forma diferente de ler o futebol.

    Espera-se que não só o futebol, mas todos os esportes sejam tratados com mais valor, e a individualidade, lances de plasticidade, etc, apareçam cada vez mais, a fim de tornar o esporte melhor aos olhos dos torcedores, e que assim o Brasil possa ter chance de chegar a tão almejada sexta estrela, do contrário vai demorar muito para esse momento chegar.

segunda-feira, 1 de março de 2021

A Fragilidade/Força Humana

    O ser humano é um ser marcado por sua incrível dicotomia em diversos aspectos. Por exemplo, ao mesmo tempo que somos considerados uma das espécies mais inteligentes, nos deparamos com situações, onde podemos chegar a conclusão de que somos pouco inteligentes, vide a forma como está-se agindo em relação a pandemia de Coronavírus que estamos passando. Nesse mesmo sentido, podemos ser considerados seres muito fortes, seja em relação a força física ou mental, mas também muito fracos em relação ao mesmo. Bem, é dessa reflexão que se trata essa postagem.

    Essa questão da força ou fragilidade mental está tão amplamente discutida, que tornou-se nos últimos anos uma febre e o motivo de inúmeros estudos científicos mundo a fora que objetivam os mais variados resultados. Isso também pode ser verificado no hábito da leitura das pessoas, ao se analisar os livros que tornaram-se best-seller nos últimos tempos, que em sua maioria tratam de autoajuda ou controle da mente, etc. E também é evidente ao analisar o crescimento do número de profissionais denominados coach, atuando nos mais diversos campos, e consequente procura pelos mesmos.

    Isso demonstra o quão pouco nos conhecemos, e uma certa consciência humana de que o segredo, seja do sucesso ou insucesso, está em nossa mente, na forma como se lida com aquilo que ocorre ao nosso redor, tendendo a mostrar que cada um constrói sua própria história, diferente daquilo que foi pregado por muito tempo de que somos seres condicionados e vítimas do destino, mas sim de que podemos aprender tudo.  Aqui poder-se-ia aprofundar essa questão e os mais variados aspectos poderiam ser apresentados, mas não é o que se objetiva.

    O que se quer apontar, é que talvez pela fé, ou não, é que algumas pessoas mostram-se mais fortes que outras no aspecto emocional/mental quando enfrentam tragédias, enquanto outras até por coisas menores perdem o chão, o que evidencia que a força mental é mais crucial que a força física. Mas em resumo o ser humano é ambos, fraco e forte ao mesmo tempo; pode-se ser o mais forte mental, mas uma simples pisada errada pode ocasionar uma lesão, ou uma caída no chão batendo-se a cabeça pode levar a óbito, ao mesmo tempo em que pode-se ser cheio de músculos, mas a mente não ajudar, levando por exemplo ao consumo de drogas e consequentemente até a morte.

    Assim, não somos literalmente donos de si, por mais que podemos controlar como reagimos ao que nos acontece, não podemos impedir que certas coisas nos ocorram. Cito aqui o caso triste da enxurrada que causou o desmoronamento de diversos pontos na região, mais precisamente em Rio do Sul e Presidente Getúlio, que vitimou pessoas e destruiu sonhos de várias pessoas, como exemplo da força das pessoas afetadas para a reconstrução, fato este incontrolável. Do contrário tem-se a explosão em Beirute ocorrida no ano passado, que poderia ter sido prevenida, mas não pelas vítimas.

    Importante colocar que somos seres tão complexos, e de pensamento ímpar que tudo isso acima exposto, para o leitor pode ser interpretado ao contrário. Enfim, essa inquietação vai longe ainda, e o acima colocado pode não fazer sentido algum para você, porém este que vos escreve apenas quis trazer á tona o seu insight. 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Vamos Refletir Sobre o Racismo?

     Inundou-se nos últimos tempos notícias a cerca de casos denominados de racismo mundo a fora, principalmente nos últimos 2 anos, e isso é o que essa postagem vem tratar. Mas será mesmo que o racismo aumentou na sociedade e estamos mais intolerantes? Ou será que agora esses fatos são apenas mais noticiados? Ou são levados mais adiante com as pessoas ficando menos caladas? Ou isso virou modismo?

   Bem, apresenta-se abaixo visões a cerca disso, principalmente porque o tema está latente ultimamente após eclodirem casos relacionados a isso na mídia como no futebol (não só brasileiro), e o caso emblemático do consumidor gaúcho de uma rede de supermercados que foi morto no mesmo. Mas será que foi o racismo que levou as vias de fato? Ou o desentendimento anterior com atendentes, ou o soco dado em um segurança? Do mesmo modo, se a sociedade está tão racista, como que muitos dos maiores destaques mundiais em diversos esportes são auto declarados negros? No futebol brasileiro, por exemplo, na maioria dos times fica difícil apontar uma mão cheia de jogadores “literalmente auto declarados brancos”.

    Em primeiro lugar quero deixar bem claro que não são racista e não compactuo com tais atos, e ao mesmo tempo, fazer uma análise mais profunda do fato e fazer algumas indagações a respeito, não é contraditório a isso. Para algumas situações é preciso se comportar como um “em cima do muro”, e isso é preciso ser aceito, o que cada vez é mais raro. Não é por não concordar com uma questão ou causa, que necessariamente se é contrário a mesma e se lute por seu oposto.  Infelizmente, cada vez mais está-se por rotular as pessoas, e está mais que na hora de entender que rótulos são maléficos para a sociedade como um todo.

    É bem verdade que no mundo virtual é perceptível que não só para com os negros, mas para com outras “cores” e definições as pessoas estão mais intolerantes. Passaram a usar muito mais filtros para fotos, porém menos para o que escrevem, deixando os dedos escreverem automaticamente sem raciocinarem direito, porém fora do mundo virtual não percebo uma explosão de casos do tipo. Óbvio que a região em que estou inserido talvez contribua para isso e não seja a realidade que todos percebem, porém é uma visão particular, e vale a análise individual de cada leitor.

    Nesse sentido é que se faz extremamente necessário ressaltar o contexto, situação, forma, tom de voz, etc, que expressões digamos racistas são reveladas ou presenciadas. Nem tudo que é dito, por exemplo, pode ser considerado racismo, é preciso ponderar todos esses aspectos para se chegar a tal “veredito”. Apelidos, brincadeiras, etc tem expressões que dependendo da forma que são usadas podem ser racismo, porém isso na grande maioria dos casos passa longe de ser racismo. Quem que não conhece alguém que tem o apelido de negão, neguinho, nego, ou leva isso como “sobrenome”? Só uns exemplos.

    Mais uma vez lembro que tudo que é levado ao extremo é ruim. Quando diz-se modismo, refere-se não a quem recebeu a ofensa, mas o restante da sociedade que levanta campanhas, hashtags, etc, por vezes sem conhecer a fundo como a mesma surgiu, o que se busca com ela, levando muitos a se encherem e tratarem tais situações com o famoso - Lá vem esse mimimi de novo! O que por vezes mais separa do que junta adeptos digamos. Mas é importante ressaltar que a causa sim é crescente, vide os últimos episódios ocorridos principalmente nos EUA (apesar do uso de violência desnecessária as vezes), e em manifestações de pessoas famosas.

    Também é verdade que infelizmente, em toda a construção da sociedade levamos esse legado do racismo, que sempre existiu, mas por medo de retaliações, também é verdade, o ofendido ficava muito mais quieto, já hoje em dia ele sabe que tem onde recorrer e quem o ouvirá, então por isso aparentemente pode ser que percebe-se mais o racismo hoje em dia porque se fica menos quieto, e consequentemente mais isso vai aparecer na mídia. E claro, não se pode esquecer do papel dela nesse bolo, esse é um assunto que ela gosta de retratar, pois sabe que dá repercussão.

    No Brasil principalmente, creio que existe um racismo estrutural inserido dentro de algumas situações, porém é mais exceção. Por exemplo, o sul do país é muito taxado de racista principalmente por causa de sua população de imigrantes advindos de vários países europeus, porém isso é inverídico, pois é a região com o maior número de culturas diferentes vivendo em harmonia. Por exemplo, o povo haitiano foi abraçado por essa região, hoje muitos venezuelanos estão vindo pra cá também. Para contrariar isso tem-se os dados de desemprego de Santa Catarina como exemplo, que é a menor taxa do país, e estado que liderou o número de emprego formais no ano passado. Será que se aqui fosse tão racista teríamos realmente esses números? Não deveria ser ao contrário, com essas pessoas não recebendo oportunidades?

    Aqui se apresenta um adendo, pois é preciso tomar muito cuidado, pois essa e outras questões estão mais por separar as pessoas e piorar isso, do que o contrário, principalmente por serem usadas politicamente. Acredito que justiça parcial não é justiça, e por isso acredito que o uso de cotas, no caso raciais, não resolvem o problema. Para haver igualdade um lado não pode ser colocado acima de outro na gangorra, independente dos argumentos que se apresente. Os números que se mostram diariamente também precisam ser analisados mais criticamente, por exemplo, em um país onde mais pessoas se autodeclaram negras, não é meio óbvio que números absolutos mais pessoas e percentual dessas assim autodeclaradas é que são de presos, ou infelizmente assassinadas brutalmente, como nos morros do Rio de Janeiro, onde a minoria é de pessoas com outra auto declaração?

    Confesso que não tenho pesquisas para aqui postar e comprovar nada do escrito acima, até porque não é o intuito desse blog ser assim técnico, mas sim apenas colocar ideias para que qualquer leitor possa refletir e inclusive pesquisar para ter mais informações e fontes a cerca do assunto tratado, por isso que nenhuma das sentenças são finais, ou seja, apresentam-se reflexões de uma visão holística a cerca do tema, sem julgamentos.

    Para encerrar, como em muitas religiões se diz; somos todos irmãos, e é assim que gostaria de ver as pessoas se tratando, mas infelizmente hoje isso ainda é utopia, mas quem sabe o que a evolução da sociedade não nos revelará ainda.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

2021: Tudo ou Nada.

  É tradição, inicia-se um novo ano e automaticamente renovam-se as esperanças, como que se do nada as coisas irão mudar da água para o vinho, isso por mais ruim que possa ter sido o ano anterior. E agora está-se nesse ciclo novamente, e aqui como já é rotina nessa época novamente apresenta-se de forma resumida as perspectivas para esse novo ano que se inicia em especial relacionadas a economia e ao governo federal.

    A verdade é que há duas perspectivas totalmente opostas para o país, uma bem positiva de recuperação econômica em V com crescimento e outra de aprofundamento da crise pela qual ainda o país passa, porém apenas o “andar da carruagem” e as medidas a serem tomadas tanto econômicas, quanto governamentais e políticas irão mostrar qual perspectiva prevalecerá.

    O primeiro direcionador para onde estaremos em Dezembro, é a eleição para a mesa diretora da Câmara de Deputados em 1º de Fevereiro, principalmente, pois dependendo do “bloco” vencedor, do governo federal, ou de Rodrigo Maia, a Câmara vai se comportar de forma diferente, ou a favor do governo e acelerando a pauta do mesmo, ou contra como está atualmente, paralisando pautas e votações, e consequentemente o governo e a economia.

    Aqui apresento como segundo, mas também é um primeiro direcionador, que é a pandemia de COVID-19. O seu avanço ou não, e eficácia da vacina e consequente imunização da população vão determinar por quanto tempo conviveremos com a mesma bem como o impacto na economia mundial que a mesma ainda causará. Nesse aspecto, em princípio, mesmo com as inúmeras dúvidas que pairam a cerca da vacina, e com a possibilidade de novas mutações do vírus, as expectativas mostram-se bem positivas.

    Também vai pesar nessa conta a forma da condução do governo que Bolsonaro adotará nesse ano, tendo em vista que é bem provável que o mesmo buscará já preparar o terreno para a eleição de 2022, sendo assim medidas populares, como a manutenção do auxílio emergencial, por exemplo, podem dar um gás ao projeto político do mesmo, entretanto também pode acabar com o desempenho fiscal do país, e consequente níveis de investimentos nacionais e estrangeiros, resultando inclusive em subida do dólar, queda da bolsa de valores e subida da inflação e taxa básica de juros, etc.

    Nesse sentido o governo e o ministério da economia terão de decidir o que vão querer para o país, crise ou fortalecimento da política fiscal, sendo que se a opção escolhida for a segunda, far-se-á necessário e urgente aprovar medidas desse cunho, especialmente reformas que esse ano ficaram paradas como a do funcionalismo público, por exemplo. Também será necessário dar atenção a políticas ambientais, pois do contrário, tenderemos a ficar isolados dos demais países comercialmente. Ainda será preciso investir em infraestrutura e acelerar as privatizações.

    Para encerrar espero que as pessoas que conduzem o país sejam iluminadas e tomem as medidas corretas e necessárias, que o presidente torne-se um pouco mais polido, e que assim ao final desse ano e início do próximo, se tenha muito mais perspectivas positivas a serem apresentadas e o pais esteja num ritmo acelerado de crescimento para que isso seja apresentado no novo ciclo aqui nesse blog.