E parece que
agora virou moda protestar no Brasil, tudo que desagrade a população virou
motivo de protesto, protestos esses que estão sem controle, sem foco e que onde
se infiltraram pessoas mal intencionadas com o intuído de apenas destruir bens,
tornando assim as coisas nada pacíficas e solucionadoras de nada.
Não sou
contra a luta do povo por melhorias, muito pelo contrário, sou a favor, desde
que esses protestos sejam pacíficos e organizados, afinal existem leis as quais
não podemos estar infringindo.
O mais
recente caso, e que ganhou enorme repercussão foi o protesto e invasão ao
Instituto Royal por parte de ativistas para o resgate de cães que eram
utilizados como cobaias em pesquisas científicas e que se dizia estarem
sofrendo maus tratos.
A minha opinião
a respeito é de que os ditos ativistas ao tomar essa iniciativa cometeram dois
crimes; o de invasão a propriedade privada e de receptação, sendo que devem
responder por isso, até porque se o intuito da invasão eram resgatar os cães,
por quais razões foram levados computadores e documentos secretos do
laboratório? Por que se destruíram salas e matérias que não se encontravam nos
canis?
Digo isto
porque os argumentos de maus tratos que esses diziam que o Instituto fazia, já
estavam sendo investigados, e apesar da demora dos órgãos públicos, polícia e
justiça brasileira que anda a passos de tartarugas, não se pode deixar que se caia
em descrédito suas atividades, pois senão o país tornara-se uma bagunça ainda
maior que a já existente. Claro que se houvessem realmente maus tratos aos
animais o Instituto Royal deve responder pelos crimes cometidos, porém isto não
cabia aos ativistas julgar.
A sacada
dessa história é que se fossem ratos, por exemplo, os animais utilizados como
cobaia ninguém teria reclamado, e o ainda mais incrível é que duvido que algum
dos ativistas que fizeram a invasão se propõe a ser objeto de experimentos
científicos, aí esta a incoerência dessa luta: as pessoas querem viver mais e
melhor, querem encontrar todos os remédios que necessitam nas farmácias, não
querem que os preços dos medicamentos aumentem ainda mais, porém em um momento
“iluminado” resolvem fazer tal ato, dizendo-se defensores da vida, mas não
abrem mão de suas “regalias” que só existem por causa da atuação de institutos
como esse, que vale ressaltar, estava dentro da lei.
Não estou
aqui para defender o instituto, estou por descrever a dupla forma de pensar das
pessoas, se é pra fazer tal ato, por outro lado deve-se abrir mão do que a
atividade estava trazendo de benefícios. Isso é reflexo da falta de comunicação
no país, e do tal “Maria vai com as outras”, as pessoas fazem as coisas sem
saber a razão de a estarem fazendo, existiam e existem formas menos onerosas a
todos de se resolver os problemas existentes, com o diálogo integrado entre
população, governos, e órgãos públicos.
Os
verdadeiros ativistas, e que merecem muitos créditos, estão cada vez em menor
quantidade, por causa da pressão do mundo capitalista, e são aqueles que desenvolvem
atividades de maior importância para a sociedade, como por exemplo, a proteção
da Mata Atlântica, afinal, existe lutas muito mais importantes a serem tratadas
para o bem de todos.
Por fim,
espero que o povo continue a lutar, porém de forma limpa, com ciência do que se
esta por fazer e por causas nobres, a fim de tornarmos a vida das pessoas de
todo o mundo melhor, e termos um planeta melhor para se viver no futuro.