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O Cenário de 2022

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

2021: Tudo ou Nada.

  É tradição, inicia-se um novo ano e automaticamente renovam-se as esperanças, como que se do nada as coisas irão mudar da água para o vinho, isso por mais ruim que possa ter sido o ano anterior. E agora está-se nesse ciclo novamente, e aqui como já é rotina nessa época novamente apresenta-se de forma resumida as perspectivas para esse novo ano que se inicia em especial relacionadas a economia e ao governo federal.

    A verdade é que há duas perspectivas totalmente opostas para o país, uma bem positiva de recuperação econômica em V com crescimento e outra de aprofundamento da crise pela qual ainda o país passa, porém apenas o “andar da carruagem” e as medidas a serem tomadas tanto econômicas, quanto governamentais e políticas irão mostrar qual perspectiva prevalecerá.

    O primeiro direcionador para onde estaremos em Dezembro, é a eleição para a mesa diretora da Câmara de Deputados em 1º de Fevereiro, principalmente, pois dependendo do “bloco” vencedor, do governo federal, ou de Rodrigo Maia, a Câmara vai se comportar de forma diferente, ou a favor do governo e acelerando a pauta do mesmo, ou contra como está atualmente, paralisando pautas e votações, e consequentemente o governo e a economia.

    Aqui apresento como segundo, mas também é um primeiro direcionador, que é a pandemia de COVID-19. O seu avanço ou não, e eficácia da vacina e consequente imunização da população vão determinar por quanto tempo conviveremos com a mesma bem como o impacto na economia mundial que a mesma ainda causará. Nesse aspecto, em princípio, mesmo com as inúmeras dúvidas que pairam a cerca da vacina, e com a possibilidade de novas mutações do vírus, as expectativas mostram-se bem positivas.

    Também vai pesar nessa conta a forma da condução do governo que Bolsonaro adotará nesse ano, tendo em vista que é bem provável que o mesmo buscará já preparar o terreno para a eleição de 2022, sendo assim medidas populares, como a manutenção do auxílio emergencial, por exemplo, podem dar um gás ao projeto político do mesmo, entretanto também pode acabar com o desempenho fiscal do país, e consequente níveis de investimentos nacionais e estrangeiros, resultando inclusive em subida do dólar, queda da bolsa de valores e subida da inflação e taxa básica de juros, etc.

    Nesse sentido o governo e o ministério da economia terão de decidir o que vão querer para o país, crise ou fortalecimento da política fiscal, sendo que se a opção escolhida for a segunda, far-se-á necessário e urgente aprovar medidas desse cunho, especialmente reformas que esse ano ficaram paradas como a do funcionalismo público, por exemplo. Também será necessário dar atenção a políticas ambientais, pois do contrário, tenderemos a ficar isolados dos demais países comercialmente. Ainda será preciso investir em infraestrutura e acelerar as privatizações.

    Para encerrar espero que as pessoas que conduzem o país sejam iluminadas e tomem as medidas corretas e necessárias, que o presidente torne-se um pouco mais polido, e que assim ao final desse ano e início do próximo, se tenha muito mais perspectivas positivas a serem apresentadas e o pais esteja num ritmo acelerado de crescimento para que isso seja apresentado no novo ciclo aqui nesse blog.