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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Reflexões Sobre o Caso Lázaro

   Em Junho os brasileiros acompanharam pela mídia uma grande perseguição a um criminoso no Brasil, que mais pareceu uma caçada digna de filme de Hollywood. E sobre esse fato é que se discorre aqui nessa postagem, onde se apresentam percepções que tal episódio apontaram.

    A primeira consideração, é que por mais que no fim o criminoso tenha sido pego, e morto pela polícia, o fato é que os mais de 200 policiais envolvidos na operação e mais de 20 dias para a conclusão da mesma evidenciam a falta de preparo da polícia brasileira, o que já se demonstrou em inúmeros outros episódios. Falta treinamento e investimentos na área, sendo que isso é assunto corriqueiro em época de eleições, e depois cai no limbo novamente.

    Esse investimento citado precisa ser principalmente em prevenção e inteligência, bem como em monitoramento eletrônico, espalhando-se câmeras de segurança por todas as cidades, equipamento que se mostrou crucial no episódio acima descrito para dar fim ao cerco policial. Precisa ainda haver forte controle sobre o armamento em mãos de criminosos, ao mesmo tempo em que a mesma não pode ficar somente nas mãos destes. Sendo, por exemplo, liberado mais fácil o acesso a armas ao cidadão comum com regras rígidas de controle e registro. Fica muito mais fácil desse cidadão se por ventura ter a sua arma roubada fazer o devido registro de tal fato e comunicação a polícia, haja vista que se ele o tem de forma ilícita, um eventual furto do mesmo não será comunicado, e consequentemente a polícia não vai saber o número de armas que tem no país, especialmente na mão de bandidos. Além disso, como no citado caso ocorreu, ficou nítido que aqueles fazendeiros que tinham arma em sua propriedade e eram de bem, por lá o bandido Lázaro (que nem merecia ter seu nome citado) “não se criou”, vindo inclusive a ser almejado.

    A mídia também mais uma vez mostrou seu lado ruim, dando evidência demais a caçada a todos os momentos em seus jornais, mostrando como ela estraga com o dia-dia das pessoas, trazendo o crime para dentro da casa dos cidadãos bem nas horas que estes estão normalmente mais reunidos em família (nas horas do café da manhã, almoço e janta).

    Mas o pior de tudo foi ver que ao fim do cerco, com o bandido vindo a ser morto, muitos cidadãos, principalmente os defensores demais dos tais direitos humanos, notadamente em sua maioria de esquerda, bem como políticos de tal espectro, condenarem a ação da polícia, por ter matado o criminoso. Pois bem, as motivações para o crime, com a morte do assassino poderão ficar em aberto sim, porém não dá para a polícia ao ser recebida por tiros ficar jogando rosas ao invés de reagir da mesma forma. A periculosidade do bandido, pelos crimes cometidos pelo mesmo ficou mais que exposta como de alta monta. Alegar excesso da polícia, veja bem, nesse caso, é negar a violência do assassino quando do cometimento de seus perversos crimes. Será que ele deu uma segunda chance as suas vítimas? Excesso foi o que ele cometeu contra suas vítimas, excesso de desumanidade. Fala-se tanto em proteger a mulher, pois infelizmente diariamente se vê casos de agressões contra as mesmas, e contraditoriamente, de certa forma, defendem um criminoso que estuprou, torturou e matou mulher?

  Também merece destaque e é de se condenar a ganância do homem, que as investigações que estão sendo realizadas sobre o caso estão apontando, onde o assassino obteve ajuda de pelo menos um fazendeiro que queria lucrar com o episódio que causaria desvalorização das terras da localidade para que o mesmo pudesse as comprar em menor valor. É no mínimo condenável usar outra pessoa.

    Para terminar, espero que esse seja um caso isolado, e que também haja iniciativas na área da educação e saúde para acompanhar e trabalhar com o psicológico das pessoas para que se haja prevenção em relação a maníacos que possam cometer tais tipos de delitos totalmente incompreensíveis e que demostram o quão baixo o ser humano pode ser.