A cabeça das pessoas e seus
conceitos tem mudado radicalmente nos últimos anos e o julgamento a respeito de
tudo, mesmo que involuntário ou não exposto ocorre a todo momento e é até por
isso que vivemos dias de “ativistas de plantão das redes sociais”, e de “libertinagem
total”.
Essa liberdade exponencial tem levado a
fama várias figuras, que aquele que não concorda é taxado negativamente, sendo
que o termo respeito nunca é tratado como uma via de mão-dupla, mas sim, sempre
o lado que diz-se desfavorecido precisa “ganhar”, e assim estamos diante de uma
sociedade, especialmente a brasileira, em que a maioria tem de se “render” a
minoria. Dessa forma não se dá mais pra falar nada, muito menos se sabe como
tratar o outro, afinal de contas criou-se inúmeras denominações para estilo,
gênero, etc.
Como se não bastasse isso, a sociedade
encontra-se em uma divisão tremenda, onde só existe aquele que concorda e do
outro lado aquele que discorda sobre algum tema/assunto/questão, etc, não
existindo mais o sadio, e mais correto meio termo. A exposição de motivos ou
pontos de vista é sempre feita de forma hostil, renegando-se os argumentos
contrários, sem mesmo serem devidamente ouvidos. Se que um exemplo disso é só
ver as discussões a respeito da disputa eleitoral presidencial para 2018. Falando
em ouvir, as pessoas não sabem mais o que é isso, querem sempre ser mais que as
outras, não medindo esforços para isso, chegando a muitas vezes literalmente
“puxar o tapete” dos seus colegas. Ainda, querem sempre se aproveitar dos
outros, sendo que a convivência dá-se pela busca de aceitação ou da colheita de
benefícios que outrem pode lhe oferecer.
É por isso tudo que quando surge alguém
branco, católico, dito da elite, etc, sem “papas na língua”, expressando o que
sente e falando tudo que pensa, é chamado de maluco e recebe todos os tipos de
críticas e é taxado de tudo de pior pelas pessoas, obviamente que nem tudo que
é expressado é sempre verdade, mas é que as pessoas gostam de fazer oposição,
muitas para inclusive apenas se mostrarem. Além disso, as pessoas levam tudo
muito a sério, e a brincadeira nos dias de hoje não tem mais vez. Aí
pergunta-se: aonde vamos parar?
A verdade é que no fundo somos seres
extremamente ego centristas. Assim popularizam-se cursos que prometem o
“milagre” da transformação pessoal, seja na arte da conquista amorosa, conquista
financeira, etc, mas vale lembrar que não existe fórmula para a vida, isso
porque cada pessoa é diferente uma da outra, reagindo de forma única a respeito
do que lhe cerceia.
Quer mais um exemplo disso? Pois então
falemos da obsolescência programada, que nada mais é do que a fabricação
proposital de produtos com menor ciclo de vida, a fim de os industriários
obterem mais lucros com as trocas, mas que por outro lado é reflexo do estilo
dos consumidores, que querem se aparecer e serem mais que alguém, assim
propositalmente vivem por realizar a troca de seus bens, o que acaba por gerar
um ciclo perfeito. Obviamente que isso leva a inovação, beleza, mas por outro
lado trás muito mais malefícios, pois um dos resultados de tudo isso mencionei
nos parágrafos acima, são os problemas mentais cada vez mais comuns nas
pessoas. Aqueles que tratam da mente das pessoas, nunca fizeram tanto dinheiro
como nos dias de hoje, pois quem não consegue ou não quer seguir tais estilos
de vida é condenado o tempo todo.
Mediante isso, fica evidente que a “modernidade” está transformando
demais o pensamento e comportamento humano, levando especialmente a coisas
ruins que necessitam passar mais a fundo por um exercício de reflexão por parte
da sociedade.