Diariamente percebe-se que aos poucos a vida vai voltando ao normal após o COVID. Mas que normal é esse? Que mudanças a pandemia provocou, e quais delas imaginadas parecem que ainda não veremos tão cedo? Mas será mesmo que estamos perto do fim da pandemia? Essas são algumas das perguntas que com essa postagem pretendo fazê-los refletir e trazer o ponto de vista deste que aqui escreve.
Inicia-se com a ordem inversa dos
questionamentos acima lançados. Ao mesmo tempo em que vemos a pandemia ficar no
passado aqui no Brasil, controversamente medidas como a necessidade de dose de
reforço da vacina, continuidade do uso obrigatório de máscara, recordes diários
de novos casos seguidos diariamente na Alemanha e de mortes na Rússia nos
acendem alertas no sentido contrário de que pode ser que se esteja longe do
fim. Ainda mais s levarmos em conta que eventos de grande concentração de
pessoas estão cada vez mais sendo flexibilizados, sem fiscalização alguma, e
pensar que o carnaval vai acontecer em 2022, sendo que é quase que
inquestionável o fato de que o de 2020 foi o grande propulsor do vírus dentro
do país.
Falando em Brasil aqui se destaca
positivamente algumas atitudes governamentais a nível federal tomadas, por mais
que tenham tido algumas completamente equivocadas e a grande mídia insiste em
citar apenas tal lado. Mas, a campanha de vacinação é sucesso, com níveis
altíssimos de percentual de pessoas vacinadas superando países desenvolvidos e
em menor tempo de aplicação.
Nesse contexto também tem as medidas de
manutenção do emprego e de renda, etc. E aqui um dos mitos do capitalismo cai
por terra, sou obrigado a concordar. Em uma linha tênue de limites, o qual se
desconhece necessária qual o é, o governo precisa ser intervencionista e
garantir renda mínima a pessoas, do contrário a miséria toma conta do povo, e
leva junto para baixo o desempenho econômico do país, pois esse também depende
do consumo das famílias, que para isso precisam ter renda, e no mar que as
grandes empresas só querem ganhar, sozinhas ignoram isso. Agora claro que isso
precisa ser planejado, não pode ser moeda de troca politiqueira, e causar
estrondos fiscais descontrolados, bem como precisa ser provisório e ser
concomitante a outros projetos a fim de inserção dos beneficiados a
possibilidade de obtenção de renda própria, e para isso faz-se necessário
investir muito em educação para que se aprenda que é preciso aprender a pescar
e não só depender de ganhar o peixe, mudando a mentalidade, especialmente das
novas gerações.
Ainda das mudanças geradas pela pandemia,
percebe-se a aceleração do mundo digital, o que traz ganhos, porém deixou a
margem muitas pessoas que não estavam devidamente preparadas, com o movimento
que aconteceu num estalar de dedos, e precisam ser inseridas nesse mundo. Do
mesmo modo faz-se necessário melhorar os mecanismos antifraude, com o
aperfeiçoamento do efetivo policial para atuar em crimes cibernéticos,
principalmente na prevenção.
A transformação digital passou a ser parte
do dia-dia de todos, principalmente nas organizações, sendo foco diário de
reuniões, sendo que ela necessariamente passa por um processo de transformação cultural,
que, porém estão descompassados. Inclusive termos como metaverso, antes pouco
ouvidos falar, hoje se apresenta a todo o momento, e logo será parte da vida da
maioria. A realidade virtual, por exemplo, já é realidade e conviveremos com
ela logo diretamente. E a fuga do mundo real, seja pelos mais variados motivos,
por pelo menos alguns instantes, será grande, e na verdade já se o faz hoje com
as Redes Sociais. Isso tanto é verdade que o próprio Facebook prevendo isso, e
querendo ser pioneiro na questão do metaverso, recentemente mudou de nome (não
a Rede Social, mas a empresa por trás dela que tinha o mesmo nome) passando a
se chamar Meta. Será nas mãos de empresas como está que estaremos logo.
Também se trás algo que poucos perceberam
ou se deram conta, que é o de que ficar em casa, ou não fazer nada não é a
solução, a maior parte dos problemas econômicos como inflação e falta de
produtos advém de tais medidas adotadas por estados. Felizmente, alguns têm
consciência disso, e buscam os porquês de tudo e conseguem enxergar isso, porém
ainda são pouquíssimos.
Nota-se também que em períodos como esse a
desigualdade aumenta, com o rico ficando mais rico e o pobre ainda mais pobre,
assim cada vez mais ajudar o outro precisaremos. Campanhas com o mais variado
leque de motivos e tipos de ajuda nascem a todo o instante. Isso vem de
encontro ao movimento que se esperava que acontecesse no futuro, e que no
começo da pandemia foi tão explanado, de as pessoas se tornarem mais humanas,
valorizarem mais umas as outros, o aqui e o agora, porém na prática, com as
coisas voltando ao normal, percebe-se um movimento mais intenso do contrário,
pessoas em busca única e exclusivamente dos seus próprios interesses, triste
isso. Assim, tal momento ainda não chegou, e é uma frustação em relação a
esperança imaginada.
Isso tudo posto, conclui-se esse reflexivo post. E você o que pensa a respeito? Até a próxima postagem!