A terceira Lei de Newton caracteriza-se por afirmar que para toda ação há uma reação, e isso é válido para tudo e não somente para a física, mas parece que nem todos compreendem isso, ou se fazem de bobo e ignoram isso em suas falas.
Na economia isso não é diferente e a nível
mundial sendo que as reações são praticamente automaticamente sentidas mundo a
fora devido a globalização. Em países subdesenvolvidos como o Brasil, que tem
pouco incentivo a industrialização nacional, e depende muito de importações de
produtos de alto valor agregado, as consequências são ainda mais fortes.
Dito isso como introdução você que está
lendo esse post já deve imaginar o que quero aqui exemplificar. Estou falando
da abrupta subida de preços em nível internacional e quem tem impacto maior no
Brasil e vem causando recordes de inflação mundo a fora (mas isso é pouco
disseminado pela mídia brasileira que só exagera em falar daqui).
Nesse aspecto destacam-se os produtos
caracterizados como insumo, como grãos, combustíveis e fertilizantes que trazem
impacto enorme no preço de alimentos. Isso vem ocorrendo desde o início da
pandemia devido as medidas restritivas adotadas mundo a fora como forma de prevenção
ao contágio do vírus. Mas tudo isso se intensificou ainda mais com o início do
conflito entre Rússia e Ucrânia, e assim as coisas ficaram mais difíceis por
aqui. Por acaso alguém sabia exatamente a importância da Ucrânia como produtora
de trigo, e a Rússia como de fertilizantes antes desse episódio? O governo está
tentando da forma que consegue agir para reverter essa situação, mas os “antis”
e adeptos do quanto pior melhor não veem isso e disseminam falsamente a
informação de que tudo é culpa do presidente, e isso não é uma defesa ao mesmo,
que sim tem cometido erros.
E não foi só isso, infelizmente nos últimos
anos o país vem enfrentando uma série de desafios, devido ainda a cheias,
secas, e frio intenso, por exemplo, que tem impacto direto na mesa do
brasileiro, mas como é mais fácil condenar o presidente do que buscar entender
o todo é isso que fica transparecendo ainda mais agora em ano de eleição.
No meio de tudo isso, mesmo com intempéries
como a enchente desse mês Santa Catarina serve como exemplo positivo. Seus
números estão entre os melhores, bem acima da média nacional quando se fala em
crescimento e menor taxa de desemprego, por exemplo. E muito pelo contrário,
não quero mostrar preconceito, mas isso demonstra características quase que
exclusivas do povo catarinense que levam o estado a esse patamar,
principalmente em relação aos povos aqui colonizadores. Demonstra ainda que,
apesar de erros, o governo catarinense é eficaz. Nosso estado é deixado de lado
pelo governo federal, temos estradas precárias, recebemos pouco de volta
daquilo que arrecadamos, mas mesmo assim somos destaque, mostrando como o
estado é forte, e demonstrando o quanto poderíamos ser ainda melhores.
Falando disso, aproveito para rapidamente
comentar do episódio da ponte na BR-470 em Pouso Redondo, onde rapidamente
achou-se uma solução temporária, onde vale destacar o papel do exército na obra
e fica a indagação de por qual a razão o mesmo não assume mais obras no país?
Falando da própria BR, vale ressaltar que independente de quem esteja a frente
do governo, essa é uma daquelas questões coringas que sempre serão comentadas
em eleições, e talvez por isso que o problema não seja resolvido de vez. A
mesma conclusão vale para o caso do problema das cheias, onde o recente caso,
que demonstrou uma desarticulação da Defesa Civil como um todo (estadual e
municipal) já está sendo usado para fins eleitoreiros. As cheias tem solução?
Sim, mas talvez não 100%, afinal não dá pra controlar a chuva (ainda), porém
também não é assim fácil como alguns especialistas do Facebook gostam de
escrever, e isso é preciso entender. Óbvio que precisa haver cobrança, o assunto
não pode simplesmente cair no esquecimento após algum tempo sem ocorrência, é
preciso estar sempre alerta.
Por fim vale registrar que enquanto não formos “inteligentes” o bastante, não dá para cobrar que nossos representantes o sejam. Se faz necessário compreender e ver o todo, até para não sermos usados como marionetes e sermos como papagaios e apenas repetirmos o que nos falam e nos fazem acreditar.