Um fato inédito, sem precedentes na
história e com consequências que podem vir a ser devastadores, causadoras de
uma crise como nunca vista antes, é isto que também pode caracterizar o atual
momento mundial causado pela pandemia de Coronavírus.
Por mais que outras pandemias mundiais já
possam ter existido nos séculos XIX, XX, e até no próprio século XXI, bem como
crises mundiais já assolaram o mundo nos mesmos séculos, nenhuma pandemia e
nenhuma crise poderá ser comparada a atual, isso porque hoje são novos tempos,
e as consequências dela muito mais devastadoras, talvez não em número de
mortos, mas em todos os outros aspectos sim.
Pelo que estamos passando hoje é algo
totalmente novo, o mundo todo literalmente parou, as perdas econômicas são
estrondosas, sem contar o dia-dia das pessoas que praticamente do dia para a
noite mudou radicalmente. Talvez, e muito provavelmente estejamos passando por
um marco, nos livros de história haverá a divisão do mundo entre antes e pós
coronavírus. As pessoas mudaram seus hábitos, e muitas desses permanecerão na
sociedade, pelo menos é o que se espera, por exemplo, no caso da etiqueta de
higiene pessoal, com o lavar e higienização das mãos constantemente, com o
cuidado ao tossir e com o outro, etc. O mercado de trabalho também já mudou,
com o trabalho home office, e o aumento exponencial do desemprego, bem como a
adoção de medidas emergenciais pelos governos para a manutenção dos empregos em
casos como esse. Falando em emprego, falamos em empresas, onde é sabido que muitas
por falta de preparado prévio fecharão as portas, bem como outras se
reinventarão e anteciparão tendências que naturalmente iriam acontecer talvez
daqui a 5 ou 10 anos, como exemplo a robotização.
Todas as cartas estão na mesa, o jogo
político entre nações já está fervendo, com acusações dos dois lados entre os
dois principais agendes e detentores de poder mundial que são os Estados Unidos
e a China. Se o vírus é natural ou foi criado em laboratório é uma pergunta que
ainda precisa de resposta final, afinal de contas nada é de se duvidar hoje em
dia. Se a China ocultou informações quando do início dos casos de Coronavírus
ou não e qual a data do caso 1, são outras perguntas que deverão ter respostas.
Fato é que milhares de estudos estão sendo
realizados mundo a fora a cerca desse vírus que ainda não é totalmente
conhecido, onde se aprende mais a respeito do mesmo dia-dia, e que vacina ainda
não há, e demorará não sabemos quanto tempo para existir e ser produzida em
grande escala, então estamos a mercê de nós mesmos nos cuidarmos
principalmente, e das políticas adotadas pelos países para evitar contraí-lo. E
se vamos conhecer tudo a cerca Coronavírus também não se pode afirmar. O que
sabemos mesmo é que vamos ter que lidar com o mesmo por algum tempo, por quanto
também é uma de mais inúmeras perguntas as quais ainda desconhecemos as respostas.
O Brasil, como sempre é um caso a parte, as
opções adotadas pelo governo foram na contramão mundial gerando inclusive uma
nova crise para o instável país e mais instável ainda governo Bolsonaro. A
linha adotada por Bolsonaro é compreensível pra um país que precisa voltar a
crescer, porém a forma de comunicá-la não foi nada inteligente. Como se não
bastasse o problema em si de saúde, para um país ainda atrasado nesse aspecto o
fato é ainda mais grave, a retomada econômica do país será terrivelmente
afetada, trazendo retração do PIB, não cumprimento da meta de déficit fiscal
devido aos gastos extras necessários, e a pouca estabilidade perdeu-se. Pelo
menos o presidente demonstrou de certa forma ser do povo, não estando nem aí
para popularidade, a qual ficou clara que perdeu um pouco com a pandemia, e não
só por isso (porém isso é motivo de uma próxima postagem aqui). Aqui cabem duas
críticas grandes, primeiro a de que sabendo da pandemia mundo a fora e que esta
de uma forma ou de outra chegaria a qualquer momento nas terras tupiniquins, é
triste saber que poucas medidas previamente foram tomadas, por exemplo, checar
os passageiros de voos internacionais e fechamento de fronteiras terrestres e
monitoramento das aéreas deveria ter feito logo no começo de Fevereiro, e além
disso, mesmo já decretado calamidade pública os governadores deveriam ter
cancelado as festas de carnaval, será que é apenas mera coincidência a maioria
dos estados mais afetados pularem o carnaval? Aproveitando o gancho, será que
também é mera coincidência alguns dos estados mais afetados e com a saúde já
colapsada serem estados do Norte e Nordeste, dominados pelo coronelismo e por
governos de esquerda, base da votação da esquerda nacionalmente, e que sempre
se dizia que em tais governos eram os que mais foram ajudados?
Outra questão a ser elencada nesse
episódio, são as subnotificações que se sabe que são grandes no país e mundo a
fora também em alguns países. Nesse aspecto ficou faltando uma política de
testagem em massa, mesmo de quem não tenha sintomas de COVID-19, a fim de
existir dados exatos do número real dos infectados, bem como a real taxa de
mortalidade do vírus, para poder se ter mais informações a fim da adoção de
decisões de política mais ou menos restritiva em relação a população. Ainda
mais que especialistas afirmam que até 70% da população mundial será infectada,
porém poucos desse universo terão sintomas graves, assim a verificação de anticorpos
para o vírus serviria para melhor dar respostas a indagações ainda ativas.
Governos estaduais e municipais tomaram
diferentes medidas, muitos querendo o holofote e ganhar popularidade, e o STF
cada vez mais apresenta seu papel legislador no sentido de executivo,
demonstrando a bagunça que o país judicialmente é.
Colabora com isso mais uma vez a mídia, que
continua a atacar com seu tom voraz e feroz o governo Bolsonaro, fazendo
manchete até o fato do mesmo ir em uma padaria, ou de cumprimentar pessoas,
algo nunca antes visto na história desse país. A mesma com raras exceções
desempenha um belo papel informacional, porém mais uma vez optou pelo lado da
desgraça, muitas vezes levando o pânico para dentro dos lares dos brasileiros.
Junto ao Coronavírus, mundo a fora
ressurgiu um forte embate, por vezes ideológico, entre saúde x economia, e que
no Brasil acirrou ainda mais a divisão dos brasileiros, e por consequência os
ânimos da população, tornando-se até de certa forma mais forte do que o próprio
fato da existência do Coronavírus.
Nesse embate não há lado totalmente certo,
porém como o pensamento socialista se fez prevalecer por anos no país e seus
adeptos são numerosos e ferrenhos ainda, é preciso quase que desenhar
informando o papel das empresas e empresários na sociedade. São estes entes que
geram riqueza e a distribuem em grande parte a população, seja na oferta de
produtos, ou com o emprego de funcionários e pagamento de salários, pagamentos
de impostos aos governos para estes investirem em saúde, educação, etc, entre
outras coisas. Porém, infelizmente são vistos como vilões, numa visão
totalmente equivocada.
Obviamente que o equilíbrio é sempre a
melhor solução, porém em uma análise rasa baseada em números tendo ao lado econômico,
pois sim, uma vida é uma vida, mas será que morrerão mais CPF’s ou mais CNPJ’s
ao fim desse período? A morte por exemplo, de um CNPJ com 100 funcionários
impacta em quantas vidas? Será que o COVID-19 não é super dimensionado? Quantas
pessoas morrem por Dengue, Febre Amarela, H1N1, acidentes de trânsito,
homicídios no Brasil por ano? A “comoção” causada por essas mortes é igual a
que vemos hoje? Lembre-se que sempre que alguém está secando as lágrimas com um
lenço, tem alguém para ter produzido e vendido aquele lenço. É preciso sempre
pensar no todo.
Chegando aos finalmente, é óbvio que perdas em
vários aspectos de todo modo iriam existir, mas e a China hein? Será que mais
perdeu ou mais ganhou com essa pandemia? Quem que agora está com o comércio e
indústria em atividade máxima e fornecendo de tudo para todos os países? Será
que esse não será o fato que destronará os Estados Unidos do todo do poder
comercial mundial? Será isso também uma etapa das guerras dos tempos modernos
destacadas em postagem anterior? Veremos.
Enfim, deixando de lado as opiniões deste
que voz escreve que não significa passar por cima de tudo e todos, só espero
que o quanto antes esse triste episódio da humanidade se encerre para podermos
voltar a viver ao normal, ou melhor, ao novo normal.