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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Saúde x Economia e o Coronavírus

   Um fato inédito, sem precedentes na história e com consequências que podem vir a ser devastadores, causadoras de uma crise como nunca vista antes, é isto que também pode caracterizar o atual momento mundial causado pela pandemia de Coronavírus.
    Por mais que outras pandemias mundiais já possam ter existido nos séculos XIX, XX, e até no próprio século XXI, bem como crises mundiais já assolaram o mundo nos mesmos séculos, nenhuma pandemia e nenhuma crise poderá ser comparada a atual, isso porque hoje são novos tempos, e as consequências dela muito mais devastadoras, talvez não em número de mortos, mas em todos os outros aspectos sim.
    Pelo que estamos passando hoje é algo totalmente novo, o mundo todo literalmente parou, as perdas econômicas são estrondosas, sem contar o dia-dia das pessoas que praticamente do dia para a noite mudou radicalmente. Talvez, e muito provavelmente estejamos passando por um marco, nos livros de história haverá a divisão do mundo entre antes e pós coronavírus. As pessoas mudaram seus hábitos, e muitas desses permanecerão na sociedade, pelo menos é o que se espera, por exemplo, no caso da etiqueta de higiene pessoal, com o lavar e higienização das mãos constantemente, com o cuidado ao tossir e com o outro, etc. O mercado de trabalho também já mudou, com o trabalho home office, e o aumento exponencial do desemprego, bem como a adoção de medidas emergenciais pelos governos para a manutenção dos empregos em casos como esse. Falando em emprego, falamos em empresas, onde é sabido que muitas por falta de preparado prévio fecharão as portas, bem como outras se reinventarão e anteciparão tendências que naturalmente iriam acontecer talvez daqui a 5 ou 10 anos, como exemplo a robotização.
    Todas as cartas estão na mesa, o jogo político entre nações já está fervendo, com acusações dos dois lados entre os dois principais agendes e detentores de poder mundial que são os Estados Unidos e a China. Se o vírus é natural ou foi criado em laboratório é uma pergunta que ainda precisa de resposta final, afinal de contas nada é de se duvidar hoje em dia. Se a China ocultou informações quando do início dos casos de Coronavírus ou não e qual a data do caso 1, são outras perguntas que deverão ter respostas.
    Fato é que milhares de estudos estão sendo realizados mundo a fora a cerca desse vírus que ainda não é totalmente conhecido, onde se aprende mais a respeito do mesmo dia-dia, e que vacina ainda não há, e demorará não sabemos quanto tempo para existir e ser produzida em grande escala, então estamos a mercê de nós mesmos nos cuidarmos principalmente, e das políticas adotadas pelos países para evitar contraí-lo. E se vamos conhecer tudo a cerca Coronavírus também não se pode afirmar. O que sabemos mesmo é que vamos ter que lidar com o mesmo por algum tempo, por quanto também é uma de mais inúmeras perguntas as quais ainda desconhecemos as respostas.
    O Brasil, como sempre é um caso a parte, as opções adotadas pelo governo foram na contramão mundial gerando inclusive uma nova crise para o instável país e mais instável ainda governo Bolsonaro. A linha adotada por Bolsonaro é compreensível pra um país que precisa voltar a crescer, porém a forma de comunicá-la não foi nada inteligente. Como se não bastasse o problema em si de saúde, para um país ainda atrasado nesse aspecto o fato é ainda mais grave, a retomada econômica do país será terrivelmente afetada, trazendo retração do PIB, não cumprimento da meta de déficit fiscal devido aos gastos extras necessários, e a pouca estabilidade perdeu-se. Pelo menos o presidente demonstrou de certa forma ser do povo, não estando nem aí para popularidade, a qual ficou clara que perdeu um pouco com a pandemia, e não só por isso (porém isso é motivo de uma próxima postagem aqui). Aqui cabem duas críticas grandes, primeiro a de que sabendo da pandemia mundo a fora e que esta de uma forma ou de outra chegaria a qualquer momento nas terras tupiniquins, é triste saber que poucas medidas previamente foram tomadas, por exemplo, checar os passageiros de voos internacionais e fechamento de fronteiras terrestres e monitoramento das aéreas deveria ter feito logo no começo de Fevereiro, e além disso, mesmo já decretado calamidade pública os governadores deveriam ter cancelado as festas de carnaval, será que é apenas mera coincidência a maioria dos estados mais afetados pularem o carnaval? Aproveitando o gancho, será que também é mera coincidência alguns dos estados mais afetados e com a saúde já colapsada serem estados do Norte e Nordeste, dominados pelo coronelismo e por governos de esquerda, base da votação da esquerda nacionalmente, e que sempre se dizia que em tais governos eram os que mais foram ajudados?
    Outra questão a ser elencada nesse episódio, são as subnotificações que se sabe que são grandes no país e mundo a fora também em alguns países. Nesse aspecto ficou faltando uma política de testagem em massa, mesmo de quem não tenha sintomas de COVID-19, a fim de existir dados exatos do número real dos infectados, bem como a real taxa de mortalidade do vírus, para poder se ter mais informações a fim da adoção de decisões de política mais ou menos restritiva em relação a população. Ainda mais que especialistas afirmam que até 70% da população mundial será infectada, porém poucos desse universo terão sintomas graves, assim a verificação de anticorpos para o vírus serviria para melhor dar respostas a indagações ainda ativas.
    Governos estaduais e municipais tomaram diferentes medidas, muitos querendo o holofote e ganhar popularidade, e o STF cada vez mais apresenta seu papel legislador no sentido de executivo, demonstrando a bagunça que o país judicialmente é.
    Colabora com isso mais uma vez a mídia, que continua a atacar com seu tom voraz e feroz o governo Bolsonaro, fazendo manchete até o fato do mesmo ir em uma padaria, ou de cumprimentar pessoas, algo nunca antes visto na história desse país. A mesma com raras exceções desempenha um belo papel informacional, porém mais uma vez optou pelo lado da desgraça, muitas vezes levando o pânico para dentro dos lares dos brasileiros.
    Junto ao Coronavírus, mundo a fora ressurgiu um forte embate, por vezes ideológico, entre saúde x economia, e que no Brasil acirrou ainda mais a divisão dos brasileiros, e por consequência os ânimos da população, tornando-se até de certa forma mais forte do que o próprio fato da existência do Coronavírus.
    Nesse embate não há lado totalmente certo, porém como o pensamento socialista se fez prevalecer por anos no país e seus adeptos são numerosos e ferrenhos ainda, é preciso quase que desenhar informando o papel das empresas e empresários na sociedade. São estes entes que geram riqueza e a distribuem em grande parte a população, seja na oferta de produtos, ou com o emprego de funcionários e pagamento de salários, pagamentos de impostos aos governos para estes investirem em saúde, educação, etc, entre outras coisas. Porém, infelizmente são vistos como vilões, numa visão totalmente equivocada.
    Obviamente que o equilíbrio é sempre a melhor solução, porém em uma análise rasa baseada em números tendo ao lado econômico, pois sim, uma vida é uma vida, mas será que morrerão mais CPF’s ou mais CNPJ’s ao fim desse período? A morte por exemplo, de um CNPJ com 100 funcionários impacta em quantas vidas? Será que o COVID-19 não é super dimensionado? Quantas pessoas morrem por Dengue, Febre Amarela, H1N1, acidentes de trânsito, homicídios no Brasil por ano? A “comoção” causada por essas mortes é igual a que vemos hoje? Lembre-se que sempre que alguém está secando as lágrimas com um lenço, tem alguém para ter produzido e vendido aquele lenço. É preciso sempre pensar no todo.
     Chegando aos finalmente, é óbvio que perdas em vários aspectos de todo modo iriam existir, mas e a China hein? Será que mais perdeu ou mais ganhou com essa pandemia? Quem que agora está com o comércio e indústria em atividade máxima e fornecendo de tudo para todos os países? Será que esse não será o fato que destronará os Estados Unidos do todo do poder comercial mundial? Será isso também uma etapa das guerras dos tempos modernos destacadas em postagem anterior? Veremos.
     Enfim, deixando de lado as opiniões deste que voz escreve que não significa passar por cima de tudo e todos, só espero que o quanto antes esse triste episódio da humanidade se encerre para podermos voltar a viver ao normal, ou melhor, ao novo normal.