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sábado, 4 de julho de 2020

Desmoronou: Brasil e a Eterna Crise.

   Brasil é sinônimo de crise, e isso não é mais novidade pra ninguém. A da vez, além do Coronavírus, é novamente política institucional e tem com como centro o cargo de Presidente da República.
   Como sempre vislumbrou-se a luz ao final do túnel, e a esperança de dias melhores caminhava lado a lado com o brasileiro, de repente os primeiros apagões já começavam a surgir: demora para o governo apresentar projetos de reformas, não apoio nas casas legislativas, disse me disse, baixo índice de crescimento do PIB, dólar em alta, tretas com outros países, troca de ministros, etc, porém as coisas ainda estavam de certa forma contornáveis.
    Porém aí Sérgio Moro, então Ministro da Justiça e Segurança Pública convoca entrevista coletiva, se demite do cargo e “joga a merda do ventilador” alegando influência política em alterações em cargos da Polícia Federal. Aí a reviravolta acontece, todos os representantes de todos os órgãos federativos se manifestam, e novos pedidos de impeachment contra Bolsonaro são apresentados, e no que isso irá efetivamente resultar teremos de esperar os próximos capítulos dessa mais nova temporada da novela Brasil para saber, mas fato é que isso coloca o Brasil mais pra baixo novamente, quando se esperava decolar, com, por exemplo, agência de risco internacional já baixando a perspectiva do país.
    Outra consequência é o dólar nas alturas como nunca antes. Por si só esse fato não é de todo ruim, isso porque somos um grande celeiro mundial exportador, assim ganhamos mais com o dólar alto, o problema está no fato de que somos importadores de tecnologia, e com uma indústria nacional ainda muito pouco fortalecida, a importação de máquinas e equipamentos torna-se cara, e por consequência toda a cadeia é impactada e em breve veremos uma súbita de preços no mercado.
    Também já se percebe o governo se encostando no dito Centrão a fim de buscar apoio político, e com isso um discurso de Bolsonaro morre, o de não fazer conluios políticos com troca de cargos e favores, o que com certeza não é o que esperávamos.
   Voltando ao item principal desta postagem, é preciso lembrar que o “auê” feito em torno da alegação (lembrando que ele mesmo informou que não fez nenhuma acusação) de Moro gerou efeitos imediatos, em especial nas Redes Sociais onde a credibilidade do ex-juiz federal foi colocada em cheque, inclusive recebendo inúmeros ataques. A verdade é que até a pouco tempo o mesmo era tratado com um semideus devido sua atuação frente a Operação Lava Jato, então não há o que se duvidar de sua atuação. Porém nesse episódio em questão o mesmo agiu como um ex-marido traído, difamando a esposa posterior a separação de forma nada polida. Em caso de acreditar ver crime, o mesmo deveria ter cautelosamente denunciado então as autoridades competentes, assim acredito que ele errou na forma em que agiu, todavia não é surpresa liberar para a televisão informações, pois como já dito em entrevistas por outros integrantes da Operação Lava Jato, a sua eficiência só foi possível devido ao apelo da população que se criou através da divulgação em massa pela mídia da operação, que de certa forma foi estimulada por tais integrantes.
    Vale ressaltar que quem colocou Moro no ministério foi Bolsonaro, então ele o poderia retirar, agindo apenas contra o seu discurso, diferente do que muitos alegam onde parece que ele tirou alguém que estava lá antes. O mais interessante nesse quesito é que um discurso da esquerda morreu com esse episódio, haja vista não poderem mais cogitar que Moro agiu de má fé contra Lula para condená-lo e para depois fazer parte do governo de direita a ser eleito.
    A quem interessa a crise que se gerou é uma pergunta que amantes da conspiração e seguidores fieis e cegos de Bolsonaro adoram tentar responder, pois alegam complô contra o mesmo, o que não é de se duvidar. Para a esquerda o único interesse é as coisas desandarem cada vez mais, para na próxima eleição surgirem como “salvadores da pátria” daquilo que na verdade eles fizeram com que chegasse ao estágio atual. Já os principais interessados são a falsa direita, encabeçada por PSDB e DEM, que querem a todo custo voltar ao poder, personagens dessas siglas não faltam para postular a tal, como Dória, Maia, Fernando Henrique Cardoso, etc.
    Como conclusão apenas espero que esse episódio seja esclarecido e que a verdade venha a tona, mas que porém o país não seja jogado na lama novamente, e que possamos superar mais esse problema político, e posteriormente enfim nos tornarmos o país almejado e que tanto merecemos ser e ter.