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sábado, 26 de agosto de 2017

A História do Brasil: Os Erros de Ontem e o Hoje

  Apesar de alguns indicadores econômicos já mostrarem uma leve melhora na situação do país, é bem verdade que o Brasil vai mal, muito mal por sinal, todavia isso não é reflexo somente dos erros de agora, mas sim do passado, e não só ocorridos nos governos anteriores, mas sim desde a descoberta do país a mais de 500 anos.
  Em primeiro lugar é importante ressaltar que o país não foi “descoberto” pelos português, até porque índios (os de verdade, não os de hoje que querem ter as coisas que os “brancos” tem) já habitavam por aqui, além de que anteriormente espanhóis e até holandeses já haviam passado por terras tupiniquins, porém esses detalhes, como muitos outros da história nacional foram propositalmente esquecidos e não são ensinados nas escolas, enquanto por outro lado, difunde-se um ensino tendencionista, como o marxista nos dias de hoje.
   Seguindo o rumo da história, por muitas décadas o país ficou esquecido pelos portugueses que não acharam esse território tão bom assim, sendo que somente com o início da extração do Pau-Brasil que o país ganhou determinada “importância”. Com isso começou a degradação ambiental e alguns portugueses (ladrões e bandidos em sua maioria) foram mandados pra cá, a fim de preservar a terra descoberta, haja vista que os espanhóis estavam de olho em tomar essas que estavam esquecidas. Foi somente no começo do século XIX, quando a família real portuguesa veio pra cá, acovardada e por medo de Napoleão Bonaparte que o Brasil passou pelo primeiro “boom” e realmente passou por mudanças significativas (detalhe: enquanto isso na Europa a indústria já estava a todo vapor).
   Foi só ao final do século XIX que o país aboliu a escravatura (o último país, por sinal) e a república foi proclamada. No início do Século XX poucos fatos novos aconteceram por aqui, a se destacar a crise de 1929 que atingiu a indústria do café. Grandes mudanças ocorreram apenas na década de 40 no segundo governo de Getúlio Vargas, como a criação das leis trabalhistas e o início da urbanização em massa. Grandes investimentos ocorreram na década seguinte com Juscelino Kubitschek, sendo o destaque a construção de Brasília e consequente mudança da capital do país (na minha visão, um dos piores investimentos realizados no país até hoje).
  Já na década de 60 o país passou por um “baque” com o golpe militar de 1964 tão criticado pelos esquerdistas, mas que na minha visão foi leve e não foi de todo ruim, haja vista que tem quem quer um novo atualmente, além de que os maiores investimentos em infraestrutura foram realizados nessa época, como a abertura, construção e asfaltamento de estradas importantes e construção das grandes usinas hidrelétricas.
 Nos anos 80 veio a redemocratização, tão esperada e festejada pelo povo após muita “luta”, todavia se enganou e se iludiu totalmente quem pensou que isso seria o início da solução dos problemas do país, haja vista que esse processo desencadeou o maior esquema de corrupção do mundo e perda de oportunidades pelo país. Figuras políticas da pior qualidade como Sarney, Maluf, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Lula, Aécio Neves, entre muitos outros, fizeram e ainda fazem a festa devido a isso. Inicialmente viveu-se a inflação galopante e exponencial diariamente e a criação de diversos planos econômicos e moedas. Aí, passou-se pelo primeiro impeachment da história do país, o de Collor, e com a criação do Plano Real parecia que o país iria de “vento em popa” dali em diante, mas só parecia mesmo. Logo em seguida com a compra por parte de FHC do direito a reeleição o país voltou a desandar e a esquerda se aproveitou disso e levou Lula ao poder. Aproveitando-se de um bom momento econômico internacional o Brasil cresceu bastante, porém por debaixo dos panos as coisas eram feias. Quando a crise chegou ao país, que não havia devidamente se estruturado no período de “vacas gordas” o “bicho” literalmente pegou novamente, e hoje estamos onde estamos. Entretanto, é fato inegável que o país mudou totalmente nas duas últimas duas décadas, porém apenas devido a tendência mundial da tecnologia, mas mesmo assim estamos muito atrasados.
   Infelizmente, nos dias de hoje o país paga a conta dos erros do passado (alguns dos quais foram acima citados), além disso, continua a errar, e assim fica difícil presumir que logo estaremos em um patamar diferente e muito melhor num futuro breve.
  Dentre os erros de hoje, e que acredito que independentemente de quem está ou estivesse no poder estariam ocorrendo, está a condução política e econômica do país, onde as reformas em discussão não poderiam nem ser chamadas de reformas, pois não trazem ruptura ou melhoria significativa para o que já se tem atualmente.
  Tudo o que está sendo proposto é muito mais em prol do sistema político do que para o povo, aliás, para o povo os políticos estão “pouco se lixando”, só os ouvindo na hora de pedir voto, o que é uma herança maldita do “jeitinho brasileiro” de ser e agir. Por mais que as reformas sejam necessárias, elas precisam ser coerentes com o porquê de suas necessidades, pois no fundo a reforma da previdência, por exemplo, é necessária para diminuir o déficit fiscal do estado brasileiro, todavia esse também deve ser realizado através da adoção de medidas que reduzem os gastos do governo, como um maior combate a corrupção, e a reforma precisa ser efetiva, ou seja, não pode conceder caráter de exceção, ou melhor “agradinhos” para certas categorias.
  Já o projeto de privatizações é bastante louvável, todavia ele não pode ser apenas concebido para aumento das receitas do governo, é preciso pensar a longo prazo e definir muito bem cada projeto para não dar poder demais ao setor privado, pois aí o governo vai ficar cada vez mais na mão dos grandes empresários, e a corrupção vai triplicar se a justiça continuar cega. É preciso levar em consideração que assim como um país que controla tudo não é bom, um país liberalista demais também não é saudável. Como exemplo, é necessário preservar a natureza, mas isso não pode impedir investimentos, e muito menos os investimentos podem justificar a total degradação ambiental.
   Falando em justiça cega, enquanto o réu continuar a escolher o seu juiz e/ou o dinheiro comprar a hombridade do homem vai ser difícil vermos os “chefões” pagarem por seus crimes que são hediondos, tendo em vista que o dinheiro desviado deixa de ir para hospitais, para o combate ao crime, para a educação, para o combate a fome, etc, e assim literalmente mata não só sonhos e oportunidades.
   Em suma, Temer está mais perdido que agulha em palheiro e cercado de corrupção e corruptos, e mesmo não precisando do apoio da sociedade e não sofrendo pressão do povo, não consegue fazer o que prometeu e o país andar, isso porque está nas mãos de bandidos, ficando limitado dando “esmolas” ao povo, aumentando impostos e tentando emplacar minirreformas.
   Por fim tem-se a fatídica reforma política, onde das duas uma: ou eles acham que somos palhaços, ou nós em sua maioria realmente o somos.  É inadmissível que os partidos políticos tenham direito a tamanhos numerários e gastem tanto em campanhas políticas, enquanto muitos sofrem tendo acesso apenas a migalhas, e pior sendo esse dinheiro público. Além disso, querem ainda mais, e as mudanças propostas só favorecem aqueles salafrários que já estão no meio político, impedindo que nomes novos e bem intencionados cheguem no mesmo posto, posto esse que não pode ser carreira.
  Já do lado de cá, ou seja, do povo as coisas também não vão bem atualmente. Estamos passando por uma tempestade de opiniões: de um lado os politicamente corretos versus os politicamente incorretos, de outro os extremistas de direita versus os extremistas de esquerda, e assim criam-se discussões por vezes desnecessárias que dividem as pessoas, hoje num cenário Lula X Bolsonaro. É preciso lembrar que tudo em excesso faz mal, seja para um lado ou para o outro. Os únicos extremos bons existentes que conheço são os polos positivo e negativo das pilhas e baterias.
  O fato é que o Brasil é um país inexperiente, novo ainda, o que é ruim por um lado, mas bom por outro. Além disso, somos um país multifacetado e que por mais incrível que possa parecer tem sim solução. Agora, mais do que nunca é preciso que sejamos pessoas corretas, de cobrarmos e mostrarmos nossa força.