É tradição, inicia-se um novo ano
e automaticamente renovam-se as esperanças, como que se do nada as coisas irão
mudar da água para o vinho, isso por mais ruim que possa ter sido o ano
anterior. E agora está-se nesse ciclo novamente, e aqui como já é rotina nessa
época novamente apresenta-se de forma resumida as perspectivas para esse novo ano que se inicia
em especial relacionadas a economia e ao governo federal.
A verdade é que há duas perspectivas
totalmente opostas para o país, uma bem positiva de recuperação econômica em V
com crescimento e outra de aprofundamento da crise pela qual ainda o país
passa, porém apenas o “andar da carruagem” e as medidas a serem tomadas tanto
econômicas, quanto governamentais e políticas irão mostrar qual perspectiva
prevalecerá.
O primeiro direcionador para onde estaremos
em Dezembro, é a eleição para a mesa diretora da Câmara de Deputados em 1º de
Fevereiro, principalmente, pois dependendo do “bloco” vencedor, do governo
federal, ou de Rodrigo Maia, a Câmara vai se comportar de forma diferente, ou a
favor do governo e acelerando a pauta do mesmo, ou contra como está atualmente,
paralisando pautas e votações, e consequentemente o governo e a economia.
Aqui apresento como segundo, mas também é
um primeiro direcionador, que é a pandemia de COVID-19. O seu avanço ou não, e
eficácia da vacina e consequente imunização da população vão determinar por
quanto tempo conviveremos com a mesma bem como o impacto na economia mundial
que a mesma ainda causará. Nesse aspecto, em princípio, mesmo com as inúmeras
dúvidas que pairam a cerca da vacina, e com a possibilidade de novas mutações
do vírus, as expectativas mostram-se bem positivas.
Também vai pesar nessa conta a forma da
condução do governo que Bolsonaro adotará nesse ano, tendo em vista que é bem
provável que o mesmo buscará já preparar o terreno para a eleição de 2022,
sendo assim medidas populares, como a manutenção do auxílio emergencial, por
exemplo, podem dar um gás ao projeto político do mesmo, entretanto também pode
acabar com o desempenho fiscal do país, e consequente níveis de investimentos
nacionais e estrangeiros, resultando inclusive em subida do dólar, queda da
bolsa de valores e subida da inflação e taxa básica de juros, etc.
Nesse sentido o governo e o ministério da
economia terão de decidir o que vão querer para o país, crise ou fortalecimento
da política fiscal, sendo que se a opção escolhida for a segunda, far-se-á
necessário e urgente aprovar medidas desse cunho, especialmente reformas que
esse ano ficaram paradas como a do funcionalismo público, por exemplo. Também
será necessário dar atenção a políticas ambientais, pois do contrário,
tenderemos a ficar isolados dos demais países comercialmente. Ainda será
preciso investir em infraestrutura e acelerar as privatizações.
Para encerrar espero que as pessoas que conduzem o país sejam iluminadas e tomem as medidas corretas e necessárias, que o presidente torne-se um pouco mais polido, e que assim ao final desse ano e início do próximo, se tenha muito mais perspectivas positivas a serem apresentadas e o pais esteja num ritmo acelerado de crescimento para que isso seja apresentado no novo ciclo aqui nesse blog.
Acredito que o texto reflete muito bem o cenário político atual. Reforço ainda que essa nova variante do virus está se alastrando rapidamente pelo mundo e, ainda que ela funcione com as vacinas atuais (caso não surja uma variante que mude isso) o contágio dela é maior, e por isso a tendencia é vermos um novo pico de casos mesmo no verão.
ResponderExcluirE o Brasil realmente precisa tratar da questão ambiental se nao quiser se isolar comercialmente.
Excelente texto. Abraço! E vai Palmeiras!!!