Postagem em destaque

O Cenário de 2022

sábado, 2 de abril de 2016

Estamos Diante De Uma Crise Sem Precedentes

   Estamos em crise e isso é inegável, assim como é inegável que o país passa pelo maior crise dos últimos, 60, 70, quiçá 100 anos ou mais, isso porque diferente das crises anteriores, como as políticas; com o suicídio de Getúlio Vargas, com o Golpe Militar, e o impeachment de Collor, e as econômicas; com a Grande Depressão de 1929, ou a de 2008, nesse momento passamos por uma crise em três esferas; a econômica, a política e a ética, e não de uma única como ocorrido nas crises anteriores.
     Chegamos a esse ponto devido a diversos fatores que começaram a partir de 1992 com o impeachment do ex-presidente Collor, fatores estes que naquele momento ainda não se mostravam como fagulha de algo que posteriormente viria a ocorrer, entretanto é sabido que nada se cria, tudo se transforma, então tudo tem fundamento histórico, é só analisar os fatos que perceberemos, e assim chegamos ao momento atual que hoje conhecemos muito bem, sentindo na pele os efeitos da(s) crise(s).
     Digo que esse fato ocorrido em 1992 e acima descrito foi a primeira fagulha da atual crise, pois naquele momento estávamos ainda com uma democracia precoce, e argumentos questionáveis (até porque o ex-presidente foi inocentado posteriormente em última instância) resultaram no impeachment que interrompeu um ciclo de governo, que apesar das medidas impopulares tomadas naquele momento, não podemos afirmar se seria desastroso ou não.
      O segundo fato que nos levou ao momento atual foi a aprovação na Câmara e Senado da reeleição para presidente, pois este foi um fato orquestrado pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso mediante a acordos políticos e o favoreceu, resultando em sua reeleição em 1998, sendo que sabe-se que a reeleição é um dos maiores males políticos, e que deveria ser proibida.
 Posteriormente, em 2002, tivemos a eleição do ex-presidente Lula, que com o seu típico discurso de esquerda, falando de minorias e intensificando a divisão entre ricos e pobres, junto da tomada de medidas populares ganhou o povo, e conseguiu, como bem sabemos, levar o PT ao comando do país por 14 anos até o momento. Porém, por trás dessa faceta intensificou-se a corrupção para municiar o projeto de poder do PT, resultando no Mensalão, que depois de descoberto, deu inicio ao Petrolão, que bem conhecemos através da Operação Lava Jato que vem trazendo a tona diariamente mais aspectos desse esquema de corrupção que é um dos maiores do mundo e que tomou conta do governo federal, tirando milhões e milhões de reais do povo brasileiro e os passando diretamente para os bolsos de corruptos, operação esta que esta longe de acabar e dará “muito pano pra manga” ainda.

      Seguindo essa linha histórica, outro fator chave e culminante para essa situação foi a crise mundial de 2008, que afetou em menor intensidade o Brasil devido a medidas tomadas pelo governo que a tratou como “marolinha”, como a maior liberação de crédito as pessoas, a maquiagem na contabilidade pública, entre outras, medidas estas que todos os economistas já enxergavam como errôneas e que apenas postergariam a crise para um outro momento onde esta se mostraria mais grave ainda.
     Nessa cronologia temos ainda a eleição de 2014, que foi intensa, de fatos inesperados, de utilização da máquina pública e que intensificou a divisão nacional entre direita e esquerda, mas que por fim através de uma campanha mais que suja resultou na reeleição (resultado da urna que é questionável por alguns ainda) da presidente Dilma.

    Aí fomos diariamente chegando ao cenário atual, através de um efeito dominó, com a alta novamente dos juros resultando em menos investimentos dos industriários e na falta de confiança dos mesmos que foi resultando em desemprego, alta da inflação na casa dos dois dígitos, perda do poder aquisitivo da população e queda nas vendas, na alta dos preços administrados para equilibrar o caixa do governo que foi “passado a mão” pela corrupção institucionalizada, na alta do dólar e na perda de valor das empresas na bolsa de valores, na perda do grau de investimento do país nas agências de riscos que culminou em menos investimentos estrangeiros no Brasil, no PIB (Produto Interno Bruto) que é a soma de tudo o que é produzido no país na casa negativa dos 3,5% em 2015 (com uma previsão já de decréscimo de 4,5% para 2016), e por isso e muito mais o povo foi seguidas vezes as ruas.
  Assim o governo foi e esta ficando insustentável, e as tais delações premiadas dos corruptos identificados na Lava Jato, levaram o governo a perder aliados, como o maior deles, o PMDB recentemente, e assim o impeachment de Dilma que já esta “andando a passos largos” pode estar mais próximo, pois mediante tudo isso, enquanto o país esta ruinando, com a economia frágil e o povo alvoroçado em uma situação complicada, onde a rejeição ao governo é maior a cada dia, e a governabilidade esta difícil, o governo e a presidente não faz nada, pois esta apenas preocupada consigo mesmo, buscando se manter no poder através de acordos políticos sujos, onde, por exemplo, até agora em 2016 não fez absolutamente nada, não apresentou medidas e propostas alguma para enfrentar e/ou amenizar essa intensa crise.   
    Enfim, apesar de eu pessoalmente defender publicamente o impeachment, só espero, assim como creio que todos os brasileiros esperam atenciosamente, que independentemente do que vier a ocorrer, o país volte aos trilhos do crescimento a fim de que nós cidadãos brasileiros de bem possamos enxergar com otimismo o futuro, voltar a consumir (porém com equilíbrio) e sermos mais felizes novamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário!