O Brasil esta passando por uma espécie de tsunami, em
especial nos últimos 30 dias. Se por um lado o governo, por enquanto de forma
provisória, trocou de mãos gerando uma grande mudança, por outro, na prática
essa mudança ainda não ocorreu efetivamente.
Chegamos nesse
ponto devido a inúmeros fatores que já relatei em postagens anteriores, como o
fato de quando o PT assumiu o governo, em vez de melhorar a educação, a saúde, a segurança pública, a infraestrutura econômica e fazer um ajuste fiscal de longo
prazo, o país gastou tudo em consumo, aproveitando aquele presente para “ganhar o
povo” e conseguir poder, mas descuidando do futuro, acabando com o tripé
macroeconômico herdado de Fernando Henrique Cardoso que eram as metas de
inflação, o câmbio flutuante e a disciplina fiscal. Porém, no início tudo estava favorável, mas após o
mensalão a coisa começou a desandar e os fatos obscuros realizados na espreita
começaram a vir à tona, sendo que após 2013 a crise, causada em grande parte
pelo próprio governo chegou “chegando”.
Diante disso, desde 13 de maio Michel Temer
é o presidente interino do Brasil até o julgamento final do processo de
impeachment de Dilma Roussef. Ele assumiu com um discurso de esperança, porém
seus primeiros anúncios desagradaram muita gente, isso porque como sabemos tudo
hoje em dia é política, e para governar é preciso de apoio político e para
conseguir isso ele teve que nomear ministros que tem os seus nomes envolvidos em
escândalos especialmente na Operação Lava Jato, e devido a isso trocas de
ministros já precisaram ser feitas e muitas polêmicas já surgiram.
Temer começou errando, especialmente porque
quer agradar todo mundo e efetivamente ainda não governou. Dessa forma a
corrida dele contra o tempo esta ficando mais difícil, e o cenário ainda não
esta definido em relação a sua efetivação no governo, a não ser que novos fatos
contra Dilma venham a tona (o que não é nem um pouco difícil de acontecer nos
próximos dias/meses devido as temidas delações premiadas). Entretanto um fato positivo é que ele foi humilde e
reconheceu os erros (e afirmou que quando errar irá corrigir o erro e não que se
errar o corrigirá, diferentemente de Dilma que foi e é autoritária e arrogante
o que inclusive resultou em uma falta de diálogo dela com o poder legislativo).
A verdade é que mesmo não sendo o nome
ideal para governar o país, Temer assumiu o poder e veio para dar esperança ao
país, principalmente para os empresários e investidores brasileiros e
estrangeiros, e fazer o país ficar mais distante de se tornar uma nova
Venezuela (aliás, lá esta faltando até papel higiênico), porém é importante
ressaltar que o processo de impeachment ainda não esta concluído e dará muito
“pano pra manga” até o seu término.
Enquanto tudo isso acontece o Brasil e os
brasileiros continuam na mesma definhando e as medidas que precisam
urgentemente ser tomadas não saem do papel. Como Temer disse em seu discurso de
posse e colocou como lema de seu governo; Ordem e Progresso, e é isso que o
Brasil precisa. É necessário deixar de lado a ideia do imediatismo e adotar a
palavra planejamento como base pra tudo, pois bons resultados de verdade são colhidos
apenas a médio e longo prazo. No momento é necessária a tomada de medidas duras
que podem gerar insatisfação, como a reforma da previdência, mas que surtirão
efeito e muito positivo no futuro. É preciso uma mudança radical na forma de
governar, como Macri já começou a fazer na Argentina com uma guinada no país e
os primeiros bons resultados já começam a aparecer.
Por fim, é mais que necessário deixar com
que a Operação Lava Jato continue sem interferências a fim de que todas as
ligações entre os corruptos sejam reveladas e todos os envolvidos sejam
devidamente condenados pelos seus crimes, pois todos queremos deixar essa etapa
pra trás, mas para isso ocorrer primeiramente temos de saber tudo que foi feito por
“trás dos panos”, afinal ficamos sabendo apenas da ponta do iceberg, e tem
muita coisa ainda por investigar. Além
disso é preciso intensificar a adoção de medidas anticorrupção e uma delas e
essencial é a implementação em sua plenitude do Sped Fiscal para todas as
empresas.
Assim, em meio a todo esse imbróglio quem perde é o ainda "pobre" Brasil, que apesar de tudo tem na sua gente muita força e a esperança de dias melhores.
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